Porto Alegre tem a Cesta Básica mais cara do Brasil em dezembro, aponta Dieese

Porto Alegre tem a Cesta Básica mais cara do Brasil em dezembro, aponta Dieese

Conjunto de alimentos é avaliado em R$ 766,53 na Capital

Correio do Povo

Batata é um dos alimentos que teve elevação em dezembro

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A Cesta Básica de Porto Alegre registrou variação de 0,12% em 2023, encerrando o ano com o valor de R$ 766,53. Dos 13 produtos pesquisados, cinco registraram aumento de preço: o arroz (25,53%), a batata (18,91%), o feijão (14,32%), o açúcar (9,13%) e o pão (5,33%). Em sentido oposto, sete itens ficaram mais baratos: o óleo de soja (-29,14%), o café (-15,34%), a farinha de trigo (-11,62%), a banana (-4,11%), o leite (-4,08%), a carne (-2,54%) e a manteiga (-0,29%). O tomate ficou estável (0,00%).

Entre novembro e dezembro de 2023, o valor do conjunto de bens alimentícios básicos registrou alta de 3,70%. Na variação mensal, doze itens registraram aumento de preço: a batata (18,52%), a banana (10,33%), o feijão (8,98%), o tomate (6,34%), o arroz (5,92%), o óleo de soja (5,55%), a manteiga (2,83%), o café (1,49%), o pão (0,89%), o leite (0,69%), o açúcar (0,62%) e a carne (0,43%). A farinha de trigo ficou estável (0,00%).

Em 2023, preço da cesta básica diminuiu em 15 capitais

Em 2023, o valor da cesta básica diminuiu em 15 capitais onde o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. As principais reduções acumuladas, entre dezembro de 2023 e dezembro de 2022, foram registradas em Campo Grande (-6,25%), Belo Horizonte (-5,75%), Vitória (-5,48%), Goiânia (-5,01%) e Natal (-4,84%). Já as taxas positivas acumuladas ocorreram em Belém (0,94%) e Porto Alegre (0,12%).

Entre novembro e dezembro de 2023, o valor da cesta subiu em 13 cidades, com destaque para Brasília (4,67%), Porto Alegre (3,70%), Campo Grande (3,39%) e Goiânia (3,20%). As diminuições ocorreram em Recife (-2,35%), Natal (-1,98%), Fortaleza (-1,49%) e João Pessoa (-1,10%).

Em dezembro de 2023, o maior custo do conjunto de bens alimentícios básicos foi apurado em Porto Alegre (R$ 766,53), depois em São Paulo (R$ 761,01), Florianópolis (R$ 758,50) e Rio de Janeiro (R$ 738,61). Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde são pesquisados 12 produtos, Aracaju (R$ 517,26), Recife (R$ 538,08) e João Pessoa (R$ 542,30) registraram os menores valores médios.

Salário mínimo ideal

Com base na cesta mais cara, que, em dezembro, foi a de Porto Alegre, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.

Em dezembro de 2023, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 6.439,62 ou 4,88 vezes o mínimo de R$ 1.320,00. Em novembro, o mínimo necessário correspondeu a R$ 6.294,71 ou 4,77 vezes o piso vigente. Em dezembro de 2022, ficou em R$ 6.647,63, ou 5,48 vezes o piso em vigor, que equivalia a R$ 1.212,00.

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Cesta x salário mínimo

Em dezembro de 2023, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 109 horas e 03 minutos. Em novembro, a jornada necessária foi calculada em 107 horas e 29 minutos. Em dezembro de 2022, a média era de 122 horas e 32 minutos.

Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, nota-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em dezembro de 2023, 53,59% do rendimento para adquirir os mesmos produtos que, em novembro, demandaram 52,82%. Em dezembro de 2022, a média era de 60,22%


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