Porto Alegre tem a cesta básica mais cara do País

Porto Alegre tem a cesta básica mais cara do País

Conjunto de produtos essenciais passou a custar R$ 299,96 em julho

Correio do Povo

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Em julho, Porto Alegre teve a cesta básica mais cara do País e os moradores tiveram que desembolsar R$ 299,96 para adquirir alimentos essenciais. A alta foi de 7,03% em relação a junho (R$ 280,26). O preço na Capital superou em centavos o custo apurado em São Paulo (R$ 299,39). Os dados foram divulgados nesta segunda-feira pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

No ano, a cesta acumula alta de 8,34% e em doze meses está 15,55% mais cara. Na avaliação mensal, 10 dos 13 produtos que compõem o conjunto de gêneros alimentícios essenciais previstos estão mais caros, com destaque para o tomate, com alta mensal de 70,43%. Por outro lado, três itens tiveram redução: batata (-11,24%), banana (-4,17%) e manteiga (-0,69%).

Dos 13 itens pesquisados, oito subiram de preço em 2012. Os principais aumentos foram verificados no tomate (64,41%), no feijão (23,96%) e na batata (19,05%). Em sentido contrário, cinco produtos estão mais baratos. As principais reduções foram registradas no açúcar (-10,67%) e na manteiga (-7,13%).

Em doze meses, a cesta acumula alta de 15,55%. Nesse período, nove itens estão mais caros, com destaque para tomate (98,23%), feijão (29,35%) e banana (29,10%). No sentido contrário, quatro produtos estão mais baratos, em especial o açúcar (-4,74%) e a manteiga (-3,51%). O valor da cesta básica representou 52,42% do salário mínimo líquido, contra 48,98% em junho e 51,78% em julho de 2011.

O trabalhador com rendimento equivalente a um salário mínimo necessitou cumprir uma jornada de 106h06min para adquirir os bens alimentícios básicos no mês passado. Esta jornada é maior do que foi necessário em junho (99h08min) e julho do ano anterior (104h48min). A variação da cesta básica no período do real ficou em 350,05%, enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) no mesmo período variou 318,85% e o salário mínimo 860,02%.

Cesta aumenta em todas as capitais

O preço do conjunto de gêneros alimentícios essenciais aumentou em julho nas 17 capitais brasileiras onde o Dieese realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica. As maiores altas foram apuradas em Belo Horizonte (8,41%), Rio de Janeiro (7,50%) e Porto Alegre (7,03%), enquanto as menores ocorreram em João Pessoa (1,61%) e Manaus (1,95%). Os menores gastos médios com a cesta básica ocorreram em Aracaju (R$ 208,14), Salvador (R$ 218,78) e João Pessoa (R$ 233,25).

Com base no maior valor apurado para a cesta e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deveria suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o salário mínimo necessário.

Para julho, o valor calculado corresponde a R$ 2.519,97, ou 4,05 vezes o mínimo em vigor, de R$ 622. Em junho, o mínimo necessário chegava a R$ 2.416,38, (3,88 vezes o valor vigente), e em julho de 2011, o piso nacional deveria atingir R$ 2.212,66, ou 4,06 vezes o mínimo à época, de R$ 545.

Entre janeiro e julho deste ano, todas as capitais apresentaram alta nos preços, com as variações mais significativas em: Natal (15,45%), João Pessoa e Aracaju (ambas com aumento de 14,22%) e Fortaleza (11,89%) e Brasília (11,17%). Os menores aumentos situaram-se em Florianópolis (1,50%), Salvador (4,77%) e Goiânia (4,85%).

Nos últimos 12 meses, de agosto de 2011 a julho deste ano, os preços médios também aumentaram em todas capitais, com destaque para o Rio de Janeiro (20,36%), Belo Horizonte (17,61%), Vitória (15,97%) e Porto Alegre (15,55%). As menores elevações foram verificadas em Florianópolis (4,53%), Salvador (5,91%) e Natal (9,79%).

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