Porto Alegre tem a quarta cesta básica mais cara do País, aponta Dieese

Porto Alegre tem a quarta cesta básica mais cara do País, aponta Dieese

Conjunto de alimentos passou a custar R$ 777,43 em março, após apresentar queda de 2,43%

Correio do Povo

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O preço da cesta básica em Porto Alegre apresentou queda de 2,43% em março, no comparativo com fevereiro de 2024. O conjunto de alimentos passou a custar R$ 777,43. Nos primeiros três meses do ano, a cesta acumula alta de 1,42%. Em comparação com março de 2023, o valor subiu 4,20%. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Na comparação com outras capitais, Porto Alegre teve a quarta cesta básica mais cara do Brasil em março. A cidade gaúcha foi superada por São Paulo (R$ 813,26), Rio de Janeiro (R$ 812,25) e Florianópolis (R$ 791,21). Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 555,22), João Pessoa (R$ 583,23) e Recife (R$ 592,19).

Avaliação mensal de alimentos em Porto Alegre

Na avaliação mensal, em março de 2024, nove produtos que compõem a cesta básica tiveram redução nos preços médios: a batata (-22,69%), o arroz (-7,20%), o tomate (-6,78%), o açúcar (-5,58%), a farinha de trigo (-5,29%), o óleo de soja (-5,13%), o café (-3,76%), a carne bovina de primeira (-0,78%) e a manteiga (-0,45%). A banana (6,29%), o leite (1,54%), o pão (0,81%) e o feijão (0,09%) registraram aumento de preço.

No acumulado de 2024, sete produtos registraram alta nos preços: o feijão (16,79%), o arroz (11,36%), a banana (9,36%), a batata (4,15%), o leite (2,91%), o pão (0,88%) e o açúcar (0,20%). Por outro lado, cinco itens ficaram mais baratos: o tomate (-6,49%), o óleo de soja (-2,76%), a farinha de trigo (-1,53%), o café (-1,53%) e a carne (-0,78%).

No acumulado dos últimos 12 meses, foram registradas elevações em sete dos 13 produtos da cesta: batata (72,71%), arroz agulhinha (28,57%), tomate (24,17%), feijão (16,51%), banana (12,50%) açúcar refinado (11,09%) e pão francês (1,25%). Outros seis itens ficaram mais baratos: óleo de soja (-23,79%), café em pó (-14,92%), farinha de trigo (-12,62%), leite integral (-10,75%), carne bovina de primeira (-4,79%) e a manteiga (-0,76%).

Em março de 2024, o trabalhador de Porto Alegre, remunerado pelo salário mínimo de R$ 1.412,00, precisou trabalhar 121 horas e 08 minutos para adquirir a cesta básica. Em março de 2023, quando o salário mínimo era de R$ 1.302,00, o tempo de trabalho necessário foi de 126 horas e 04 minutos. Em fevereiro de 2024, o tempo foi de 124 horas e 09 minutos.

Considerando o salário mínimo líquido, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, o mesmo trabalhador precisou comprometer, em março de 2024, 59,52% da remuneração para adquirir os produtos da cesta básica, que é suficiente para alimentar um adulto durante um mês. Em fevereiro de 2024, o percentual foi de 61,01%, e, em março de 2023 de 61,95%.

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