Poupança do governo para pagar juros da dívida deve encerrar ano no azul pela 1ª vez em 9 anos

Poupança do governo para pagar juros da dívida deve encerrar ano no azul pela 1ª vez em 9 anos

Apesar da redução de impostos, arrecadação foi maior graças ao crescimento da economia, diz secretário do Ministério da Economia

R7

Apesar da redução de impostos, arrecadação foi maior graças ao crescimento da economia, diz secretário do Ministério da Economia

publicidade

O Brasil deve encerrar o ano com o superávit primário equivalente a 0,4% do PIB (Produto Interno Bruto). É o primeiro resultado positivo desde 2013, portanto, em nove anos.

O superávit primário é resultado da diferença entre todas as receitas e despesas do governo. Serve como uma poupança do governo federal para pagar juros da dívida pública. 

O resultado é um dos principais indicadores observados pelo mercado internacional, pois mostra a capacidade de um país de pagar seus credores em dia.

De acordo com o entrevistado do programa A Voz do Brasil desta quarta-feira (28), o secretário-executivo do ministério da Economia, Marcelo Guaranys o resultado é fruto de duas estratégias: melhoria do gasto público e do ambiente de negócios no Brasil.

“Do lado da melhoria do gasto a gente se preocupou em fazer a reforma da previdência para gerar uma grande economia por muito tempo, podendo liberar recursos para se gastar com outras coisas",disse.

“Fizemos durante esse tempo todo uma reforma fiscal: melhorar a forma de gastar o recurso público e fizemos grandes privatizações por exemplo. Tudo que eu gaste dinheiro e não precise, não de um benefício bom para o povo a ordem era a gente segurar.”, disse. “Do lado do ambiente de negócios nós desburocratizamos , desregulamos, fizemos a melhoria de marcos regulatórios com saneamento, energia elétrica, gás, para permitir que tenha mais investimentos. Quem quiser investir possa investir no país”, completou.

Guaranys disse que, apesar da redução de impostos, a arrecadação foi maior graças ao crescimento da economia.

O secretário-executivo do ministério da Economia também fez um balanço dos gastos extras com a pandemia. Segundo ele, o ministério da Economia tentou minimizar os impactos da pandemia do ponto de vista econômico. Ele citou o Auxílio Emergencial, "um programa enorme que a gente consegue distribuir R$ 350 bilhões para mais de R$ 60 milhões de pessoas".

"Isso é impressionante. Um dos maiores programas do mundo de distribuição de renda”, disse.

Ele citou também o Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm) no qual foi permitida a flexibilização dos salários com a contribuição do governo com parte do salário.

Para as empresas Guaranys citou a concessão de R$ 149 bilhões crédito para mais de 1 milhão de empresas. De acordo com ele, graças a essas medidas o país conseguiu crescer após a pandemia, diferentemente de outros países.

Outro assunto abordado foi a redução de impostos para combustíveis. “O Congresso fez com que os estados limitassem o ICMS, reduzindo os impostos cobrados sob os combustíveis  pro povo e nós fizemos a nossa parte também: reduzimos o PIS/Cofins, seguramos a tributação para que o preço reduzisse”, afirmou.

Para diminuir o preço de produtos ele citou a redução de 35% no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) da maioria dos itens fabricados no Brasil. Também citou que produtos que tinham mais impacto na cesta básica tiveram seu imposto de importação zerado “Permitindo que produtos importados viessem para baratear o preço.”, revelou, dizendo que as medidas tiveram por finalidade conter a inflação.


Empreendedor criou negócio para oferecer a receita ‘perfeita’ de xis em Porto Alegre

Quinta unidade inaugurada desde 2020 tem no cardápio lanches, petiscos e pratos

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895