Prefeito de Charqueadas anuncia que decretará calamidade pública

Prefeito de Charqueadas anuncia que decretará calamidade pública

Dezenas de trabalhadores se concentram em frente à fábrica da Iesa

Mauren Xavier

Dezenas de trabalhadores se concentram em frente à fábrica da Iesa

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Apesar da decisão judicial que suspendeu a demissão de mil trabalhadores da fábrica da Iesa Óleo & Gás, o prefeito de Charqueadas, Davi Gilmar Souza, anunciou nesta segunda-feira que vai decretar estado de calamidade pública. Segundo ele, a intenção é auxiliar os funcionários com recursos para passagem e bolsa alimentação, especialmente, para as pessoas que não moram no município da região Carbonífera do Estado. 

O decreto será entregue ao Secretário do Trabalho e do Desenvolvimento Social, Edson Borba, às 14h, em reunião que também terá a participação do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Charqueadas. A expectativa é grande por parte dos trabalhadores. Eles querem propostas ou benefícios enquanto há impasse.

Desde as 7h, dezenas de trabalhadores estão acampados em frente à fábrica. Eles devem se organizar ainda nesta segunda-feira para fazer uma lista dos funcionários que não residem em Charqueadas e talvez precisem de algum tipo de auxílio extra. As dúvidas e receios se estendem aos trabalhadores que não são do Rio Grande do Sul. Vindos de São Paulo, Bahia, Espírito Santo e Rondônia, por exemplo, eles já estão com aluguel atrasado e em situação delicada, segundo o sindicato.

Dois oficiais de justiça também estão no local para notificar a empresa da decisão da juíza do Trabalho da Vara de São Jerônimo, Lila Paula Flores França, que concedeu liminar ao Ministério Público do Trabalho (MPT) suspendendo a demissão em massa.

A ação foi impetrada pelo MPT na sexta-feira e prevê multa de R$ 100 milhões em caso de descumprimento. A decisão obriga a Iesa a reverter a decisão e a encontrar uma solução para os funcionários que haviam sido desligados após a empresa ter perdido o contrato com a Petrobras por ser uma das investigadas na Operação Lava Jato da Polícia Federal.

Para sexta-feira, o grupo, por meio do sindicato, deve organizar uma paralisação total na cidade. O protesto servirá para mostrar o impacto que o fechamento da empresa vai causar no município. 

A empresa, que tem mais de mil trabalhadores e gera outros cinco mil empregos indiretos, já enfrentava dificuldades financeiras, tanto que entrou, recentemente, com pedido de recuperação judicial.




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