Prefeitura de Porto Alegre analisa contraproposta de empresários

Prefeitura de Porto Alegre analisa contraproposta de empresários

Grupo solicita flexibilização das atividades econômicas na Capital

Correio do Povo

Empresários querem novas flexibilizações em Porto Alegre

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A reabertura das atividades econômicas em Porto Alegre segue indefinida. Na tarde desta terça-feira, o prefeito Nelson Marchezan Júnior recebeu as propostas dos empresários e realizou uma análise do documento junto com o Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus da Capital. Desde segunda-feira ele manteve contato com os representantes de diversos setores.

A contraproposta foi elaborada por entidades empresariais da Capital e sugere um plano de reabertura dos estabelecimentos, diferente daquele apresentado na segunda-feira pela Prefeitura. O roteiro da Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA), assinado por 22 entidades, prevê o início da retomada da atividade econômica na quinta-feira. 

A construção civil e a indústria seriam as primeiras a retornar. Na sexta-feira voltariam a funcionar estabelecimentos comerciais localizados em ruas, shoppings e galerias. Os serviços de alimentação, por sua vez, reabririam no sábado. A última etapa de liberação seria na próxima segunda-feira, com a abertura dos serviços em geral.

As empresas garantem que os setores liberados vão cumprir as regras de distanciamento, como a que prevê mesas afastadas em restaurantes e escalas de funcionários no serviço. No dia 24 de agosto, haveria uma reavaliação dos resultados da liberação. A diretoria da ACPA se diz confiante na compreensão da Prefeitura em torno da proposta da entidade.

Uma das sugestões da Prefeitura era fazer uma escala de funcionamento. A cada duas semanas de abertura, haveria uma de fechamento. Um dos diretores da ACPA, Eduardo Oltramari, avalia que a proposta não é eficiente. “Nós já estamos penalizados. Já estamos com uma situação bastante confusa, bastante crítica”, pontuou. “O que nós temos que fazer é desenvolver uma retomada segura, responsável, planejada… Em sintonia com todos os procedimentos protocolares de preservação da vida, com critérios de sanidade”, sustentou Oltramari.

O presidente da Federação das Empresas de Logística e Transporte de Cargas do Rio Grande do Sul (Fetransul), Afrânio Kieling, explicou que a entidade representa 13 sindicatos patronais filiados. "Estamos participando e apoiando, porque naturalmente as empresas de transporte precisam fazer suas entregas e se o comércio está fechado, não conseguimos entregar", reiterou. Conforme Kieling, o interesse da entidade é que os setores retomem as atividades.

"Temos interesse que as coisas voltem naturalmente, nós queremos que tudo tenha os protocolos de todas as garantias, ninguém está querendo fazer nada que não esteja dentro dos procedimentos. Estamos juntos porque precisamos que o comércio e a indústria comecem a trabalhar, para que a gente possa trabalhar também", reforçou. Além disso, Kieling enfatizou que o objetivo é que as entidades empresariais e a Prefeitura possam construir uma solução juntos. "Ninguém quer infringir nenhuma regra, estamos buscando um entendimento em conjunto", assinalou.


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