Presidente da Fiergs defende financiamento de gasoduto argentino

Presidente da Fiergs defende financiamento de gasoduto argentino

Gilberto Petry aposta que o potencial do gasoduto pode suprir boa parte da demanda do setor industrial brasileiro

Felipe Samuel

Gilberto Petry aposta que o potencial do gasoduto pode suprir boa parte da demanda do setor industrial brasileiro

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A construção do gasoduto entre as reservas de gás xisto (shale) da reserva de Vaca Muerta, na Argentina, até o Brasil foi um dos temas do seminário “Oportunidades Argentina-Brasil, Relação com o Governo de Misiones e o Fornecimento de Gás Natural de Vaca Muerta ao Rio Grande do Sul”. No evento realizado nesta quinta-feira, na sede da Fiergs, o presidente da entidade, Gilberto Petry, defendeu a integração econômica entre países e afirmou que o Brasil deveria financiar a obra.

Ao destacar a importância de reuniões bilaterais mais frequentes, Petry reforçou a importância da aproximação e aprofundamento de laços estratégicos entre os países. “O Brasil deve financiar Vaca Muerta. O Rio Grande do Sul seria um dos primeiros beneficiários”, destacou durante abertura do seminário. Para o dirigente, o principal problema enfrentado pelo país vizinho é financeiro. A Argentina pode pagar (a obra) com gás. Que nem Itaipu Binacional”, comparou.

Na avaliação de Petry, o potencial do gasoduto de Vaca Muerta pode suprir boa parte da demanda do setor industrial brasileiro. O vice-governador Gabriel Souza citou os efeitos das mudanças climáticas no Estado, que passa por estiagem, e afirmou que a questão energética é motivo de preocupação. “Nesse contexto Vaca Muerta entraria com valor estratégico importante”, salientou. Souza também defendeu que o Brasil deve investir na construção do gasoduto argentino.

“O Brasil financiou uma parte de Itaipu que cabia ao Paraguai. E o Paraguai pagou o Brasil em energia gerada da própria hidrelétrica binacional”, observou. Ao apresentar os projetos de expansão do gasoduto argentino, a secretaria de Energia, Flavia Gabriela Royon, explicou que o potencial de produção de Vaca Muerta, que poderia gerar 44 milhões de m3/dia de gás natural. Conforme Flavia, apenas 8% das reservas de xisto de Vaca Muerta são exploradas.

“A formação de Vaca Muerta está entre as melhores do mundo. É o segundo maior recurso não convencional de gás e o quarto maior recurso não convencional de petróleo”, pontuou. Embaixador da Argentina no Brasil, Daniel Scioli, falou sobre oportunidades de negócios entre os países e ressaltou a decisão do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e do presidente da Argentina, Alberto Fernández, de estreitar os laços entre os países.


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