Presidente do Banco Central defende modernização do Sistema Financeiro Nacional

Presidente do Banco Central defende modernização do Sistema Financeiro Nacional

Roberto Campos Neto participou do Fórum da Liberdade em Porto Alegre

Brasil precisa prosseguir no caminho das reformas, disse o presidente do BC

publicidade

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, voltou a destacar, durante discurso no Fórum da Liberdade, em Porto Alegre, a importância de se preparar a instituição para um futuro "tecnológico e inclusivo". "Trabalhar na modernização do SFN (Sistema Financeiro Nacional) é fundamental para alcançarmos esses objetivos - simplificando e desburocratizando o acesso aos mercados financeiros para todos e dando um tratamento homogêneo ao capital, independentemente de sua nacionalidade ou se provém de um grande ou de um pequeno investidor", afirmou Campos Neto.

De acordo com o presidente do BC, a mudança tecnológica significa, para o sistema financeiro, "democratizar, digitalizar, desburocratizar e desmonetizar". "Precisamos dominar as ferramentas para criar esse futuro: blockchain, serviços de nuvem (Cloud), inteligência artificial e digitalização", acrescentou Campos Neto.

"Estou convicto de que, com os esforços de todos nós, o BC contribuirá para o desenho de um país melhor, fundado no livre mercado." Intermediação financeira Campos Neto disse que a "intermediação financeira no Brasil tem de se libertar das amarras que a prendem ao governo". Segundo ele, "o mercado precisa se libertar da necessidade de financiar o governo e se voltar para o financiamento ao empreendedorismo".

Campos Neto afirmou ainda, ao tratar das reformas econômicas, que é necessário avançar nas "mudanças que permitam o desenvolvimento de nosso mercado de capitais". Nesse aspecto, as medidas de ajuste fiscal também podem contribuir", defendeu. "Colocar as contas públicas em uma trajetória equilibrada, através de um ajuste fiscal e de uma reestruturação patrimonial, gera efeitos multiplicadores sobre o mercado de capitais, resultando em uma maior diversificação desse mercado e em um maior número de transações", avaliou. Campos Neto proferiu palestra no almoço de abertura do Fórum da Liberdade.

Sobre o ambiente macroeconômico no Brasil, o presidente do BC disse que tem se caracterizado por três fenômenos: consolidação da inflação ao redor das metas e expectativas ancoradas; recuperação gradual da economia brasileira; e taxas de juros nos mínimos históricos.

Segundo ele, porém, o Brasil precisa prosseguir no caminho das reformas, "notadamente as de natureza fiscal, e de ajustes na economia". Índices gerenciais O presidente do Banco Central reafirmou que a Agenda BC+, de ações estruturais da instituição, está sendo reavaliada e será ampliada. Neste aspecto, o BC também está criando índices gerenciais de acompanhamento para medir e estabelecer objetivos claros em relação a cinco fatores. São eles "a capitalização de mercado proveniente de fontes privadas; a penetração do microcrédito e do cooperativismo nas populações alvo desses programas; o dispêndio em burocracia no acesso a nossos mercados; o grau de intermediação financeira em nossos mercados; e a inclusão de diferentes grupos demográficos em nossos mercados financeiros".

No processo de aprimoramento da Agenda BC+, Campos Neto citou ainda a incorporação de novas dimensões: inclusão, competitividade, transparência e educação financeira. "Essas dimensões serão trabalhadas por meio de ações junto a outros órgãos de governo e à sociedade, e também projetos de leis e alterações infralegais, tendo sempre em vista o objetivo de democratizar, digitalizar, desburocratizar e desmonetizar".

Eliminar distorções

Ele defendeu o aprofundamento da Agenda BC+, de ações estruturais da instituição, para "promover um amplo processo de democratização financeira". "Essa democratização é fundamental para ampliar o provimento de recursos para o setor produtivo em condições justas e gerar benefícios para todos os brasileiros", disse Campos Neto. "Até o presente, a democratização financeira se focou na garantia de acesso a serviços de pagamento e ao mercado de crédito. Vamos avançar em outras dimensões e dar um foco especial ao mercado de capitais", acrescentou. Nesse sentido, Campos Neto voltou a afirmar que o BC pretende "eliminar distorções e implementar políticas que melhorem a eficiência de nossos mercados.


Empreendedor criou negócio para oferecer a receita ‘perfeita’ de xis em Porto Alegre

Quinta unidade inaugurada desde 2020 tem no cardápio lanches, petiscos e pratos

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895