Presidente do Banco Central estuda fim do rotativo do cartão de crédito

Presidente do Banco Central estuda fim do rotativo do cartão de crédito

Alternativa deve ser apresentada nos próximos 90 dias

AE

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central

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Enquanto o Congresso debate a criação de um teto de juros para o rotativo do cartão de crédito, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, confirmou nesta quinta-feira, 10, que a modalidade deve deixar de existir. Como antecipou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), Campos Neto destacou que o grupo de trabalho - formado pelo BC, governo e bancos - deve encaminhar nos próximos 90 dias uma solução com o fim do rotativo.

"Sem rotativo, a fatura não paga iria direto para o parcelado. Deve ser anunciado nas próximas semanas", afirmou o presidente do BC, em arguição pública no plenário do Senado. "Deveríamos ter feito antes medidas para solucionar rotativo", admitiu.

Campos Neto destacou que o limite semelhante de juros de cheque especial atingiu o objetivo da medida. "Reconheço que o juro do cartão de crédito é um grande problema. O parcelado sem juros ajuda a atividade, mas tem aumentado muito parcelas", avaliou.

E acrescentou: "Com exceção da China, nenhum outro país teve aumento tão grande em cartões como o Brasil. Estamos estudando soluções para número de cartões, mas reduzir cartões pode prejudicar varejo."

Reforma tributária

O presidente do Banco Central destacou ainda a importância de se aprovar a reforma tributária que já foi votada em dois turnos na Câmara dos Deputados e inicia a tramitação no Senado. "A reforma tributária é muito importante para o País, no que esteve ao meu alcance conversei com as pessoas para convencê-las. Temos várias disparidades na tributação, não sei se vamos conseguir consertar todas, mas a proposta que está tramitando é melhor do que o sistema que temos hoje", afirmou.

Segundo Campos Neto, a simplificação do sistema tributário brasileiro vai contribuir no médio prazo para o aumento da eficiência da economia. "Eu tenho apoiado a reforma tributária", enfatizou.


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