Primeira meta de Montezano no BNDES é devolver dinheiro para a União, diz Guedes

Primeira meta de Montezano no BNDES é devolver dinheiro para a União, diz Guedes

Presidente do banco indicou que sua meta é concluir a devolução de R$ 126 bilhões ao Tesouro ainda este ano

AE

Guedes afirmou ainda que o BNDES vai trabalhar para acelerar o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e a infraestrutura brasileira

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira, 16, durante evento no Palácio do Planalto, que a primeira meta do novo presidente do BNDES, Gustavo Montezano, será "devolver dinheiro para a União". Pouco antes, Montezano já havia indicado que sua meta é concluir a devolução de recursos de R$ 126 bilhões ao Tesouro ainda este ano.

Guedes afirmou ainda que o BNDES vai trabalhar para acelerar o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e a infraestrutura brasileira. "Montezano passou 6 meses com o Salim (Mattar, secretário especial de Desestatização e Desinvestimento do Ministério da Economia) fazendo programa de privatizações", pontuou Guedes. "Nós vamos acelerar as privatizações com o Salim Mattar", acrescentou.

O ministro afirmou ainda que outro trabalho do BNDES será atacar o problema do saneamento básico no Brasil. "Há 40 mil crianças que morrem no Brasil por falta de saneamento", pontuou. "A média de vida do Nordeste é mais baixa por conta de mortalidade infantil, porque falta saneamento", disse. Conforme Guedes, o BNDES atuará na área de saneamento.

Guedes disse ainda, ao tratar da atuação do BNDES na área de crédito, que o dinheiro "tem que ser baixo para todo mundo e não para alguns brasileiros". Durante sua fala, ele lembrou que, durante anos, o BNDES ofertou juros mais baixos a segmentos específicos da economia, em detrimento do restante da população.

"O projeto nosso é desestatizar o mercado de crédito brasileiro", afirmou Guedes. "Há uma série de imperfeições que jogam o juro para a lua. As empresas vivem um flagelo", avaliou.

O ministro da economia contou que, há algumas décadas, costumava chamar o BNDES de "Recreio dos Bandeirantes", em referência a uma área famosa da cidade do Rio de Janeiro. Isso porque, conforme Guedes, "os empresários paulistas ficavam no Rio, na praia, e tomavam dinheiro barato no BNDES". "Essa mania de campeões nacionais é antiga." De acordo com o ministro da Economia, o novo presidente do BNDES vai desalavancar o banco de fomento e mandar recursos para a União.

Transformação passa por "enfrentamento"

Guedes também afirmou que a transformação que o presidente da República, Jair Bolsonaro, quer fazer no País passa por um "enfrentamento". "O BNDES está há anos tentando fazer seu aperfeiçoamento, mas manteve ainda diretrizes que não são novas", disse. O ministro da Economia destacou, ainda, que Estados e municípios no Brasil estão "quebrados". Ao mesmo tempo, citou o chamado "Plano Mansueto", formulado para auxiliar no curto prazo a recuperação dos Estados.

Guedes também brincou com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM-GO), presente ao evento. "Caiado também é vítima de orçamento baixo", lembrou. "Já nos reunimos três ou quatro vezes com o Mansueto. Ou o plano tem problema, ou o governador deve estar segurando alguma estatal que ele não quer soltar. Se ele soltar, o dinheiro vem", disse. O ministro da economia afirmou ainda que o novo pacto federativo é o "mais importante", mas "vem mais à frente". "As gestões estaduais e municipais estão engessadas", acrescentou.


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