Privatização: vendas de ativos da Petrobras somam R$ 280,4 bilhões

Privatização: vendas de ativos da Petrobras somam R$ 280,4 bilhões

Desinvestimento teve início em 2015; no 2º trimestre de 2022, operações cresceram 6,5% em relação ao balanço anterior

R7

Justiça suspendeu processo de venda de ativos da Petrobras

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A soma de ativos da Petrobras vendidos nos últimos sete anos atingiu a marca de R$ 280,4 bilhões até julho. Desde o início de 2015, com a implementação do programa de desinvestimento, foram negociados 67 ativos da estatal, sendo a maioria (40%) do setor de E&P (Exploração e Produção) de petróleo, informa o Privatômetro do OSP (Observatório Social do Petróleo).

A maior parte das vendas, R$ 175 bilhões, foi concretizada no governo Bolsonaro, o que representa 62,4% do valor total. O Privatômetro mostra, ainda, uma queda acentuada nos investimentos em energias renováveis. Desde o início do programa de desinvestimento, a estatal já vendeu R$ 2,6 bilhões nesse setor, quase 1% do total privatizado.

"A Petrobras não só vem reduzindo investimentos para a tão necessária transição energética como está privatizando ativos de usinas eólicas, biocombustíveis e energias renováveis. Uma estratégia que, infelizmente, vai na contramão do restante do planeta", afirma Tiago Silveira, economista do OSP e do Ibeps (Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais).

Os dados do OSP se baseiam no relatório de desempenho financeiro do segundo trimestre deste ano, divulgado pela Petrobras na quinta-feira (28). Os valores em reais apresentados já estão deflacionados, considerando o câmbio e o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) para junho de 2022, informa a entidade.

No comparativo com o balanço anterior, a venda de ativos neste segundo trimestre do ano registrou um crescimento de 6,5%, uma diferença de R$ 17,2 bilhões. Entre abril e junho, a gestão da Petrobras vendeu o campo de Albacora Leste, na bacia de Campos, por R$ 11,4 bilhões; os polos Golfinho e Camarupim, na bacia do Espírito Santo, por R$ 391 milhões; e a Refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor), no Ceará, por R$ 177 milhões.

Na distribuição porcentual por país, de acordo com o Privatômetro, 96,7% dos ativos vendidos neste último trimestre foram adquiridos por empresas brasileiras e 3,2% ficaram com o Reino Unido. No levantamento geral, o Brasil é o principal comprador de ativos da Petrobras, respondendo por 22% das negociações, seguido pelo Canadá, com 21,6%.


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