Produção industrial recua 0,6% de maio para junho no país, diz IBGE

Produção industrial recua 0,6% de maio para junho no país, diz IBGE

Nove setores, no entanto, apresentaram alta no mesmo período

Agência Brasil

Produção Industrial apresentou recuo entre maio e junho

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A produção industrial do país recuou 0,6% na passagem de maio para junho deste ano. Essa foi a segunda queda consecutiva do indicador, que acumula perda de 0,7% em dois meses. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física (PIM-PF), divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A produção também recuou na comparação com junho do ano passado (-5,9%), na média móvel trimestral (-0,1%), no acumulado do primeiro semestre (-1,6%) e no acumulado de 12 meses (-0,8%). 

Na passagem de maio para junho, a produção industrial recuou em 17 dos 26 ramos industriais pesquisados, com destaque para produtos alimentícios (-2,1%), máquinas e equipamentos (-6,5%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-1,7%). Por outro lado, nove setores tiveram alta na produção de maio para junho. A principal delas foi observada nas indústrias extrativas, que avançaram 1,4%. Esse foi o segundo crescimento consecutivo do indicador, que acumula taxa de 11% em dois meses.

Entre as quatro grandes categorias econômicas, a maior queda foi observada entre os bens de consumo semi e não duráveis (-1,2%). Os bens de consumo duráveis recuaram 0,6%. Também tiveram queda os bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos (-0,4%), e os bens intermediários, isto é, os insumos industrializados usados no setor produtivo (-0,3%). 

O item bens de consumo duráveis registrou o segundo mês seguido de queda, acumulando perda de 3,0%; bens de capital interrompeu quatro meses consecutivos de crescimento na produção, período em que acumulou ganho de 9,9%; e bens intermediários eliminou parte do ganho de 1,4% registrado em maio, quando interrompeu quatro meses consecutivos de recuo na produção, período em que acumulou queda de 4,3%.

Recuo em relação a junho de 2018

Na comparação com junho de 2018, a indústria caiu 5,9%, com resultados negativos nas quatro grandes categorias econômicas, 20 dos 26 ramos, 56 dos 79 grupos e 61,2% dos 805 produtos pesquisados.

Entre as atividades, indústrias extrativas (-16,3%) exerceu a maior influência negativa. Outras atividades também colaboraram para este recuo, tais como produtos alimentícios (-5,9%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-9,3%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-4,4%), celulose, papel e produtos de papel (-6,1%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-16,0%), perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-12,5%), bebidas (-5,6%), produtos de minerais não-metálicos (-5,6%), produtos de borracha e de material plástico (-5,4%), outros equipamentos de transporte (-11,7%), couro, artigos para viagem e calçados (-6,8%) e móveis (-8,6%). Por outro lado, entre as seis atividades que apontaram ampliação na produção, as principais influências foram: produtos farmoquímicos e farmacêuticos (4,9%), impressão e reprodução de gravações (11,2%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (3,2%).

Bens intermediários (-6,4%) e bens de consumo duráveis (-6,1%) assinalaram os recuos mais acentuados entre as grandes categorias econômicas. Os setores produtores de bens de consumo semi e não-duráveis (-5,0%) e de bens de capital (-3,5%) também apontaram taxas negativas, mas que foram menos elevadas do que a média nacional (-5,9%).

O setor de bens intermediários recuou 6,4%, após avançar 2,7% em maio, quando interrompeu oito meses consecutivos de taxas negativas. O resultado de junho foi explicado, principalmente, pelas quedas em: indústrias extrativas (-16,3%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-5,0%), produtos alimentícios (-4,6%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-6,7%), produtos de minerais não-metálicos (-5,6%), celulose, papel e produtos de papel (-5,8%), máquinas e equipamentos (-9,0%), produtos de borracha e de material plástico (-4,3%), produtos de metal (-2,3%) e metalurgia (-0,2%), enquanto as pressões positivas foram registradas por outros produtos químicos (1,0%) e produtos têxteis (0,7%).


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