Proporção de famílias com dívidas cai de 59,1% em maio para 58,6% em junho, aponta CNC
Redução do endividamento acompanha o ritmo menor no consumo
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Na comparação anual, a queda foi de 1,4 ponto porcentual. A queda no porcentual de famílias com dívidas foi acompanhada de recuo na inadimplência. A proporção das famílias com dívidas ou contas em atraso passou de 24,2% em maio para 23,7% em junho. Na comparação anual, houve redução de 1,9 ponto porcentual. A proporção de famílias que declararam não ter condições de pagar as contas ou dívidas em atraso - o que, segundo a CNC, indica que seguirão inadimplentes -, passou de 9,9% em maio para 9,4% em junho.
Em junho de 2017, esse porcentual estava em 10,1%. O tempo médio de atraso para o pagamento de dívidas foi de 63,6 dias em junho, ante 62,8 dias em igual período do ano passado. Em média, o comprometimento com as dívidas foi de 7,2 meses, sendo que 32,9% das famílias possuem dívidas por mais de um ano. "Entre aquelas endividadas, 20,2% afirmam ter mais da metade da sua renda mensal comprometida com o pagamento de dívidas", diz a nota divulgada pela CNC.
Para a entidade, a redução do endividamento acompanha o ritmo menor no consumo das famílias. "Há também uma cautela maior na contratação de novos empréstimos e financiamentos", diz a nota. Os dados da Peic de junho mostram que o cartão de crédito continua sendo o principal tipo de dívida, apontado por 76,3% das famílias entrevistadas. Em seguida, vêm os carnês (15,2%) e, em terceiro lugar, o financiamento de carro (11,2%).
A Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic Nacional) é apurada mensalmente pela CNC desde janeiro de 2010. Os dados são coletados em todas as capitais dos Estados e no Distrito Federal, com cerca de 18 mil consumidores.