Quase 2 mil vagas de emprego são oferecidas em Porto Alegre

Quase 2 mil vagas de emprego são oferecidas em Porto Alegre

Milhares de pessoas formaram fila no Centro da cidade

Karina Reif

Quase 2 mil vagas de emprego são oferecidas em Porto Alegre

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Em busca de uma oportunidade de trabalho, milhares de pessoas madrugaram nesta quinta-feira formando uma fila em volta do Sine de Porto Alegre, no Centro da cidade. Cerca de 2 mil vagas são ofertadas por empresas, que já iniciaram o processo de seleção e contratação em mutirão realizado hoje. Os postos são para diversos cargos, desde o ensino fundamental até superior. Conforme a secretária municipal do Trabalho e Emprego, Luiza Neves, já havia aproximadamente 1 mil empregos disponíveis no cadastro e outros 1 mil foram captados com dez empresas parceiras como Zaffari, PCD’S - Integrare, THB, Mundial, GTO, Movera e Tumelero. “Uma das nossas grandes preocupações é que Porto Alegre continue sendo a Capital da empregabilidade”, afirmou.

Por conta da elevação do desemprego, muitas pessoas passaram a aceitar atuar em áreas com salário menor ou que não tenham relação com a profissão anterior do interessado. Em 2015, a taxa de desemprego total chegou a 8,7%, representando aumento de 47%, a maior elevação de um ano para outro desde o início da série histórica da Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de Porto Alegre (PED-RMPA), em 1993, segundo a Fundação de Economia e Estatística (FEE). “O público procura qualquer coisa. O que vier vem bem, mas o que barra é a falta de qualificação”, observou a secretária. Por conta disso, são oferecidos cursos por meio do Fórum Municipal de Aprendizagem Profissional de Porto Alegre (Formap).

Desempregada há seis meses, Vera Lúcia Oliveira, 45 anos, aproveitou para fazer um curso de vigilante no período que estava recebendo salário desemprego. Mesmo com o benefício, continuou procurando, mas, como as empresas costumam exigir experiência, não conseguiu. Antes trabalhava em portaria. Ela e uma amiga foram as primeiras a chegar hoje, por volta da 1h. “Tem que ter alguma coisa para mim”, declarou. Eliana Vargas, 35 anos, a acompanhou na longa espera na porta do Sine. “Só umas 5h, que começou a movimentar e chegar mais gente.” Antes das 7h, já havia cerca de 2 mil pessoas na fila. “Sou vigilante e tenho experiência na área. Tenho que conseguir uma oportunidade”, disse ela, que também está há um semestre sem emprego.

Telemarketing e operador de caixa são áreas com mais chance

Com currículo na mão e carteira de trabalho, outras milhares de pessoas se agruparam diante do Sine na avenida Sepúlveda, esquina com a Mauá para tentar voltar ao mercado. Normalmente, as áreas que mais oferecem emprego são de telemarketing e de operador de caixa. De acordo com a FEE, os setores da atividade econômica com maior redução na ocupação, em 2015, foram a indústria de transformação (menos 11 mil, ou -3,6%), comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (menos 22 mil, ou -6,2%) e construção (menos 6 mil, ou -4,7%).

Entre os cargos oferecidos havia de assistente administrativo; vendedor; atendente de restaurante; guardas patrimoniais; zelador; operadores de produção; operador de caixa; orientador de tráfego; manobrista; orientador de crédito; operador de empilhadeira; auxiliar de segurança privada; zelador; auxiliar-técnico; auxiliar de manutenção; gerente de monitoramento; gerente operacional; salgadeiro; cozinheira; supervisor de equipe; instalador eletricista; jardineiro; auxiliar de instalador; eletricista; vendedor externo/interno; instalador eletricista; cozinheira; auxiliar de cozinha; servente; azulejista; encarregado de obra; auxiliar de limpeza; carpinteiro; auxiliar de limpeza; servente; marceneiro; ajudante de serralheiro; vendedor; pedreiro; operador de caixa; auxiliar padaria; empacotador; fiscal de caixa; conferente; fiscal de loja; padeiro; açougueiro; auxiliar de depósito e ajudante de motorista.

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