Quase metade dos porto-alegrenses devem comprar na Black Friday nesta sexta-feira

Quase metade dos porto-alegrenses devem comprar na Black Friday nesta sexta-feira

De acordo com pesquisa do Sindilojas, consumidores da Capital devem gastar cerca de R$ 1.254,00 com a compra de dois produtos

Cláudio Isaías

De acordo com pesquisa do Sindilojas, consumidores da Capital devem gastar cerca de R$ 1.254,00 com a compra de dois produtos

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A Black Friday, que acontece na sexta-feira, será a oportunidade do consumidor antecipar os presentes de fim de ano. Artigos para casa, eletrônicos e entretenimento, calçados e roupas estão entre os itens que devem ter maior procura na megapromoção que vai movimentar o comércio varejista gaúcho. Quase metade dos porto-alegrenses (43%) pretende comprar na Black Friday, segundo uma pesquisa feita pelo Sindilojas Porto Alegre. Eles devem gastar cerca de R$ 1.254,00 com a compra de dois produtos – R$ 129 a mais que o apontado em 2020, quando esse valor ficou em R$ 1.129,00

A expectativa dos consumidores, segundo o levantamento, é de encontrar descontos de, no mínimo, 32%, em produtos como eletrodomésticos, roupas, calçados e eletrônicos, os quais lideram o ranking dos itens que serão mais buscados.  A pesquisa indicou, ainda, que 42,6% das pessoas pretendem recorrer a sites de comparação de preço antes de fazerem compras e que 18% pretendem antecipar as compras de Natal agora, na Black Friday. Outra curiosidade levantada é que 22,8% disseram deixar de comprar certos produtos em outras épocas do ano para comprar na Black.

Cartão de crédito deve ser o modo de pagamento mais usado

Pelo menos metade dos consumidores da Capital deve dar preferência ao cartão de crédito parcelado. Os que vão comprar à vista no dinheiro representam 29% dos consumidores, seguidos do cartão de débito, com 16%. Os que pretendem comprar a prazo ou no cartão da loja/crediário somam 8%. O cartão de crédito em parcela única deve ser a escolha de 5,7% das pessoas e o PIX de 2,9%. 

Flexibilizações dos protocolos da pandemia deve levar mais consumidores às lojas

As lojas físicas podem ter aumento da demanda de clientes na Black Friday 2021 tendo em vista o avanço da vacinação e o consequente crescimento da circulação de pessoas, segundo a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL/RS).

"Estamos observando este avanço da presença dos clientes nas lojas físicas desde o Dia das Mães. Os consumidores estão usando os canais digitais para consultar preços e negociar e acabam fechando a compra de forma presencial nas lojas. Isto é muito bom para os lojistas, que podem oferecer ao consumidor outros produtos além daquele que ele deseja comprar, ampliando suas vendas", ressaltou o presidente da entidade gaúcha, Vitor Augusto Koch.

Segundo ele, a Black Friday traz inúmeras oportunidades para o consumidor que busca adquirir os produtos que deseja com descontos consideráveis, e para os lojistas, que podem fazer o volume de vendas crescer. "A Black Friday já se transformou em uma data com muita força no calendário do varejo", destacou. 

Conforme a FCDL/RS, smartphones e aparelhos eletrônicos devem seguir ocupando os postos principais do ranking de produtos mais vendidos na Black Friday, vindo a seguir eletrodomésticos, vestuários, calçados e cosméticos. Neste ano, a expectativa é de incremento no montante de vendas na megapromoção, que no Estado, no ano passado, chegou próximo dos R$ 700 milhões, somando compras online e em lojas físicas. Em nível nacional, somente as vendas pelos canais online superaram a casa dos R$ 4,7 bilhões, numa alta de 25% na comparação com 2019.

Uma pesquisa da CDL Porto Alegre apontou que a Black Friday 2021 marcará um novo momento para o consumo. Em um período propício para o setor de vestuário, o levantamento mostra um público otimista e aberto a oportunidades e ofertas. A maioria dos gaúchos deverá gastar mais de R$ 300,00 na liquidação.

De acordo com o estudo “Black Friday - Um novo ciclo de oportunidades para transformar ações digitais em negócios”, realizado pela CDL Porto Alegre, em parceria com a Vitamina Pesquisas, 43% dos entrevistados priorizam as compras de fim de ano no Natal, entretanto, 17% já preferem comprar durante a Black Friday, e 18% compram em ambas as datas. Para o presidente da CDL POA, Irio Piva, as compras da Black Friday 2021 não são mais sobre uma adaptação à pandemia, mas sobre a vida que as pessoas querem resgatar, construir e viver. 

Diferentemente de 2020, a maior parte das pessoas (62%) encara a Black Friday 2021 como uma boa oportunidade de consumo, mas sem grande expectativa ou planejamento prévio. O consumidor está aproveitando a data para comprar itens de necessidade ou de desejo com melhor preço. Produtos de vestuário são os favoritos desse público, com 43% da preferência, em uma grande oportunidade para o setor que foi um dos que mais sofreu na pandemia. Na sequência, aparecem artigos para casa (40%), eletrônicos (26%) e entretenimento (16%). 

"A campanha aproxima lojistas e consumidores, oferecendo excelentes oportunidades de compras em um momento determinante para o varejo e para o cenário em geral", acrescentou Piva.

Para adoção de horário diferenciado, lojistas devem aderir ao acordo coletivo de trabalho

Com relação aos lojistas, a orientação do sindicato é que as empresas que desejarem adotar horário diferenciado devem aderir ao acordo coletivo de trabalho. O sindicato patronal informa que os lojistas precisam estar cientes das regras previstas na Convenção Coletiva de Trabalho, que define a necessidade de acordo coletivo para o funcionamento das lojas em datas especiais, como a Black Friday.

O documento prevê que o horário de trabalho dos empregados que exerçam atividades de venda e atendimento ao público poderá, nesta data, ser estendido até as 24 horas. Para isso, é preciso seguir as regras acordadas entre os sindicatos representantes da categoria – Sindilojas Porto Alegre e o Sindicato dos Empregados no Comércio (Sindec) – como o pagamento de horas extras, calculadas com o adicional de 100% e caso não tenha transporte público disponível no horário de deslocamento do empregado, a empresa deverá fornecer transporte próprio do local de trabalho até sua residência.

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