Reforma da Previdência é gradual, diz ministro do Planejamento

Reforma da Previdência é gradual, diz ministro do Planejamento

Para situação atual do País, Dyogo Oliveira afirmou que benefícios seriam geração de emprego

AE

Para situação atual do país, Dyogo Oliveira afirmou que benefícios seriam geração de emprego

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O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, voltou a defender nesta sexta-feira a reforma da Previdência como medida que teria efeito a longo prazo e principalmente em termos de "expectativas de consolidação e solidificação das contas públicas, o que melhora muito o resultado da atividade econômica". Em entrevista logo cedo à rádio CBN, Dyogo disse que a reforma, no primeiro ano, teria um impacto muito pequeno do ponto de vista orçamentário, lembrando
que esse foi um dos argumentos usados a favor da reforma. "Ela é uma reforma bem gradual. Ela tem um período de 20 anos de transição, portanto, os efeitos nos primeiros anos são muito pequenos.

Ela tem um grande efeito a longo prazo e principalmente tem longo efeito em termos de expectativas de consolidação de solidificação das contas públicas, o que melhora muito o resultado da atividade econômica hoje. Então é uma reforma gradual, que vai ter impactos efetivos a longo prazo, mas que traz para hoje o ganho em termos de crescimento econômico, geração de emprego", afirmou o ministro. Dyogo comentou também o impacto negativo sobre o orçamento da não aprovação pelo Congresso Nacional de duas medidas: a que trata dos fundos financeiros exclusivos e a da desoneração da folha de pagamento. Segundo ele, o impacto é "considerável" no orçamento.

Em termos de arrecadação bruta, explicou o ministro, a medida dos fundos financeiros tinha impacto de R$ 10 bilhões, que implicaria em R$ 5 bilhões para Estados e municípios e R$ 5 bilhões para a União. Já a medida da desoneração da folha, se aprovada completamente, disse Dyogo, teria impacto de aproximadamente R$ 8 bilhões no orçamento federal em termos de redução de despesa. "Portanto, acumulando as duas medidas, para o governo federal, nós temos impacto de R$ 13 bilhões, que terão de ser adaptados no orçamento do próximo ano", afirmou.

Segundo o ministro, a revisão da previsão de crescimento do PIB para 2018, de 2% para 3%, em parte compensa essa perda de arrecadação. "A adaptação do orçamento será feita com essa reavaliação da receita, em virtude de uma maior atividade, maior crescimento econômico, espera-se que haja também um aumento da receita. E por outro lado, uma redução na despesa." Ele ainda destacou que as despesas de 2018 já estão "muitíssimo apertadas", porque o governo já está praticando teto dos gastos públicos. "Então, já são valores bastante apertados e que agora terão que sofrer uma redução em virtude de não terem sido aprovadas essas medidas", explicou. Dyogo lembrou que o orçamento de 2018 é muito engessado. "Mais de 90% orçamento é engessado e essa redução a que eu me referia ocorre exatamente nos 10% que não estão engessados. Então, é cenário ainda mais difícil do ponto de vista de gestão orçamentária", disse.

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