Relatório Focus sobe de 3,5% para 3,51% o IPCA previsto para 2017

Relatório Focus sobe de 3,5% para 3,51% o IPCA previsto para 2017

Projeção para o índice de 2018 seguiu em 4,2%, mesmo porcentual de quatro semanas atrás

AE

Expectativa é de que a inflação fique abaixo do centro da meta, de 4,5%, em 2017 e 2018

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Os economistas do mercado financeiro elevaram levemente suas projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — o indicador oficial de preços — neste ano. No Relatório de Mercado Focus divulgado na manhã desta segunda-feira pelo Banco Central (BC), a mediana para o IPCA em 2017 foi de 3,5% para 3,51%. Há um mês, estava em 3,33%. Já a projeção para o índice de 2018 seguiu em 4,2%, mesmo porcentual de quatro semanas atrás.

Na prática, as projeções de mercado divulgadas nesta segunda no Focus indicam que a expectativa é de que a inflação fique abaixo do centro da meta, de 4,5%, em 2017 e 2018. A margem de tolerância para estes anos é de 1,5 ponto porcentual (inflação entre 3% e 6%). No dia 9 passado, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a inflação de julho foi de 0,24%, após a deflação de 0,23% verificada em junho. No ano, o IPCA acumula
taxa positiva de 1,43% e, em 12 meses, índice de 2,71%.

IGP-M

O  Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), que é referência usual para o reajuste dos contratos de aluguel, foi de -0,70% para -0,72% nas projeções dos analistas para 2017. Quatro levantamentos antes, estava em -0,28%. No caso de 2018, o índice seguiu em +4,44%, ante +4,50% de um mês atrás.

PIB

Após a divulgação do Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br) do segundo trimestre do ano, os economistas do mercado financeiro mantiveram as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2017 e 2018. A expectativa de alta para o PIB deste ano seguiu em 0,34% no Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira. Há um mês, a perspectiva estava no mesmo patamar. Para 2018, o mercado manteve a previsão de alta do PIB, de 2%. Quatro semanas atrás, a expectativa estava no mesmo nível.

Na última quinta-feira, o BC informou que o IBC-Br cresceu 0,25% no segundo trimestre, em relação ao primeiro trimestre, na série com ajustes sazonais. Foi o segundo avanço trimestral consecutivo, o que não era visto desde o fim de 2013. Apenas em junho, houve expansão de 0,5% na atividade econômica.

No Focus desta segunda, a projeção para a produção industrial deste ano passou de avanço de 1,03% para alta de 1,1%. Há um mês, estava em 0,83%. No caso de 2018, a estimativa de crescimento da produção industrial foi de 2,01% para 1,85%, ante 2,26% de quatro semanas antes.

Já a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2017 foi de 51,7% para 51,80%. Há um mês, estava em 51,7%. Para 2018, a expectativa no boletim Focus foi de 55,13% para 55,29%, ante 55,1% de um mês atrás.

Juros

Os economistas do mercado financeiro mantiveram suas projeções para a Selic (a taxa básica de juros) para o fim de 2017 e 2018. O Relatório de Mercado Focus trouxe nesta segunda-feira que a mediana das previsões para a Selic este ano seguiu em 7,5% ao ano. Há um mês, estava em 8%. O levantamento indicou ainda que a mediana das projeções dos economistas para a Selic no fim de 2018 permaneceu em 7,50% ao ano, ante 8% de um mês atrás.

No início de agosto, o Banco Central divulgou a ata do último encontro do Copom, que trouxe uma análise dos motivos que levaram o colegiado a cortar a Selic em 1 ponto porcentual, de 10,25% para 9,25% ao ano. No documento, o BC sinalizou a possibilidade de novo corte de 1 ponto em setembro. 

No Focus desta segunda, a Selic média de 2017 seguiu em 9,91% ao ano. Há um mês, a mediana da taxa média projetada era de 10,06%. No caso de 2018, a Selic média foi de 7,41% para 7,30%, ante 8% de quatro semanas atrás. Para o grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções (Top 5) de médio prazo, a taxa básica terminará 2017 em 7,25% ao ano, igual ao projetado há uma semana. Há um mês, a mediana projetada era de 7,75%. Para 2018, a expectativa seguiu em 7,25%, ante 7,50% de um mês antes.

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