Relator não apresenta parecer e diz que plenário votará prorrogação da CPI do Carf

Relator não apresenta parecer e diz que plenário votará prorrogação da CPI do Carf

João Carlos Bacelar alegou que não pode acusar pessoas que não foram ouvidas pelo Conselho

Agência Brasil

João Carlos Bacelar alegou que não pode acusar pessoas que não foram ouvidas pelo Conselho

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A comissão parlamentar de inquérito (CPI) que investiga irregularidades no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) corre risco de terminar sem resultado, após o relator João Carlos Bacelar (PR-BA) ficar novamente sem apresentar seu parecer, alegando que o plenário votará nesta terça-feira a prorrogação dos trabalhos, cujo prazo final está marcado para quinta-feira.

Bacelar voltou a afirmar que não poderia apresentar um parecer no qual acusa pessoas que não foram ouvidas pela CPI. Ele disse ter recebido do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a promessa de que o plenário votará na tarde desta terça-feira a prorrogação do prazo da comissão.

“Seria imprudência da minha parte indiciar pessoa física ou jurídica que não tenha apresentado suas explicações aqui”, justificou o relator. Ele já havia dado a mesma explicação em reunião anterior, na terça-feira passada, dia dois. “Mas, se porventura, eu sentir que forças muito mais fortes impediram que essa CPI seja postergada, eu terei que decidir hoje à noite sobre isso”, acrescentou.

Prorrogação

Na semana passada, Maia afirmou que as chances de prorrogação do prazo da CPI do Carf eram “zero”. Bacelar informou hoje, contudo, ter recebido, ontem à noite, a garantia de que, mesmo em caso de derrota em plenário, será concedido mais prazo somente para a votação de um relatório final. “Ele [Maia] me deu a palavra ontem à noite”, disse o relator.

Antes do recesso parlamentar, a CPI aprovou a prorrogação dos trabalhos por 60 dias. A decisão passou por comissão especial e foi assinada pelo ex-presidente interino da Câmara Waldir Maranhão (PP-MA). Mas, em um de seus primeiros atos após assumir o comando da Casa, Maia limitou a prorrogação em 26 dias corridos.

Deputados da atual oposição acusaram que a revogação da prorrogação faria parte de um acordo para que o Maia fosse eleito novo presidente da Câmara. A estimativa era que o relatório final fosse votado no dia 11, mas, diante do constrangimento causado por Bacelar, o presidente da CPI, Pedro Fernandes (PTB-MA), voltou a alertar que a comissão “corre o risco” de terminar sem um parecer final.

“Acharia muito ruim que a CPI terminasse sem relatório. Já vou comunicando que tenho um voto em separado e quero lê-lo”, disse o deputado Ivan Valente (PSOL-SP), embora Fernandes tenha informado que não convocará nova sessão da CPI para a próxima quinta-feira se o plenário de fato não decidir sobre a prorrogação do prazo.


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