Rendimento domiciliar do RS cresce 6,3% e é o quarto maior do país em 2023

Rendimento domiciliar do RS cresce 6,3% e é o quarto maior do país em 2023

Valor per capita de R$ 2.255 foi o mais elevado da série histórica

Correio do Povo

Embora resultado gaúcho esteja 22% acima da média brasileira, o crescimento nos últimos dois anos foi menor

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O rendimento médio mensal domiciliar per capita alcançou o valor de R$ 2.255 no Rio Grande do Sul em 2023, o maior da série histórica da Pnad Contínua, iniciada em 2012. O valor representa um crescimento de 6,3% frente a 2022. Já na comparação com 2019, ano que anteriormente marcava o valor máximo da série, a elevação foi de 2%. Entre 2022 e 2023, o estado passou da terceira para a quarta posição do ranking nacional de rendimento per capita, tendo sido ultrapassado pelo Rio de Janeiro.

Embora o rendimento no Estado esteja 22% acima da média brasileira, o crescimento nos últimos dois anos foi menor: em 2023, quando a média brasileira também foi recorde da série, o aumento frente a 2022 foi de 11,5%; em relação a 2019, foi 6,0% maior. Entre 2022 e 2023, em termos percentuais, 23 das 27 unidades da federação tiveram crescimento no rendimento per capita acima do observado no Rio Grande do Sul, incluindo as três primeiras no ranking.

Do total da renda mensal domiciliar per capita, o rendimento de todos os trabalhos representava 71,2% em 2023. Dos 28,8% provenientes de outras fontes, 21,6% correspondiam a aposentadoria e pensão. Na comparação com a média do país, a participação dos rendimentos do trabalho na composição do rendimento domiciliar per capita observada no estado é menor (respectivamente, 71,2% contra 74,2%), enquanto a das outras fontes é maior (28,8% contra 25,8%), devido à maior representatividade da rubrica de aposentadoria e pensão (21,6% ante 17,5%), o que se explica pelo perfil etário da população gaúcha, mais envelhecido que o total do país.

Pessoas com algum tipo de rendimento

O percentual de pessoas com algum tipo de rendimento na população do estado subiu de 69% em 2022 para 70,3% em 2023, o que corresponde a 8,1 milhão de pessoas. A proporção é a maior encontrada no estado em toda a série histórica, iniciada em 2012. Além disso, entre as 27 unidades da federação, o Rio Grande do Sul se mantém desde 2018 com a maior proporção de pessoas com rendimento no total da população residente.

Cresceu também o percentual de pessoas com rendimento de todos os trabalhos, de 48,8% em 2022 para 49,8% em 2023. Da mesma forma que o rendimento de todas as fontes, foi o maior valor da série histórica, ultrapassando a marca de 2019 (49,5%) e confirmando a tendência de aumento gradual observada desde 2021, após a queda significativa registrada no primeiro ano da pandemia de Covid-19.

Contribuindo para o aumento do percentual da população com algum tipo de rendimento, o percentual das pessoas com rendimentos de outras fontes passou de 28,5% para 29,3%. Dentro do segmento outras fontes, 19,6% da população residente (2,3 milhões de pessoas) recebiam aposentadoria e pensão em 2023, enquanto 7,5% recebiam outros rendimentos, 2,4% recebiam pensão alimentícia, doação ou mesada de não morador e 2,2% aluguel e arrendamento.

Rio Grande do Sul tem o 4º maior rendimento de todas as fontes

O rendimento médio mensal real da população residente com rendimento de todas as fontes foi de R$ 3.208, 4,4% maior que o de 2022. O estado se manteve com o 4º maior rendimento entre as 27 unidades da federação, atrás apenas dos do Distrito Federal (R$ 4.966), São Paulo (R$ 3.520) e Rio de Janeiro (R$ 3.510).

Observando-se a série histórica da pesquisa, de 2012 a 2019, o rendimento médio real de todas as fontes apresentou um crescimento acumulado de 3,7% (de R$ 3.098 para R$ 3.214). Com a pandemia de Covid-19, reduziu-se em 3,8% em 2020, e em 3,5% em 2021, atingindo o menor valor da série (R$ 2.983). Em 2022, teve aumento de 3,0% (R$ 3.072), permanecendo, no entanto, abaixo do valor estimado em 2012, ano inicial da série. Com o crescimento de 4,4% observado em 2023, o valor do rendimento de todas as fontes aproximou-se, em termos reais, do máximo da série histórica, registrado em 2014 (R$ 3.223).


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