RS se encaminha para ser autossuficiente na geração de energia

RS se encaminha para ser autossuficiente na geração de energia

Investimentos na produção de energia renováveis deverão duplicar a produção energética do Estado

Flávia Simões*

Assunto foi tema de audiência pública na Assembleia Legislativa

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Em meio a crise energética que o país vem enfrentando, o Rio Grande do Sul está mais próximo de ser autossuficiente na geração de energia, em especial nas renováveis. As obras previstas para o setor estão com o cronograma de entrega antecipado e devem duplicar, em um curto espaço de tempo, a produção interna do RS, informou o líder do governo na Assembleia, deputado Frederico Antunes (PP). Na abertura, o presidente da Casa,  Gabriel Souza (MDB), lembrou que a discussão era resultado da missão internacional na Europa, onde ocorreram encontros com empresas espanholas que têm interesse em fazer investimentos no RS. 

Atualmente, o Estado produz cerca de 9,5 gigawatts, podendo chegar a mais 20 gigawatts com a conclusão dos investimentos. Com isso, o RS passaria para o status de exportador de energia. São sete obras, com um investimento da iniciativa privada de R$ 6 bilhões e que irão gerar 12 mil empregos diretos. Se tudo ocorrer conforme o esperado, os empreendimentos em andamento deverão ser entregues, no máximo, até o final de 2022. "É a obra do século", classificou Antunes, que solicitou uma audiência pública sobre o tema na Comissão de Serviços Públicos, na Assembleia Legislativa. 

O evento, realizado nesta quarta-feira, contou com a participação de integrantes do governo, como o chefe da Casa Civil, Artur Lemos, e o secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente (Sema), Luiz Henrique Viana (PSDB), e representantes de empresas do setor e federações. Durante o encontro, o diretor do Departamento de Energia da Sema, Eberson Silveira, destacou o potencial do Estado na produção de energias renováveis, reafirmando o alinhamento do governo com o planejamento energético nacional.

Segundo o diretor, 77% da energia produzida em território estadual atualmente provém de fontes renováveis, sendo 44% proveniente de hidrelétricas, 27% dos parques eolicos e 5% fotovoltaica. A última, segundo Silveira, é uma novidade que vem movimentando o mercado e serve como uma forma de diversificar as fontes renováveis. 

"Será um dos maiores legados deixados por esse governo. Ainda mais nesse momento de tanta preocupação com a sustentabilidade", disse Viana, secretário de Infraestrutura. Também presente na reunião, o procurador do Ministério Público, Daniel Martini, afirmou que a presença do do MP na audiência deveria ser vista como uma "prestação de contas" por parte do Estado com o órgão, elogiando a iniciativa.

Para os representantes de empresas do setor energético, os mecanismos do Ministério Público servem para "ajudar e viabilizar" a condução dos empreendimentos. Alguns interlocutores detalharam a situação dos investimentos e solicitaram a ajuda da Assembleia Legislativa, em parceria com o governo e secretarias, para viabilizar a solução de impasses.

*Sob supervisão de Mauren Xavier


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