Saída da Grécia da zona do euro não pode ser descartada
Vice da Comissão Europeia cobrou estratégia clara e confiável para solucionar crise
publicidade
"Claramente, a Grécia enfrenta desafios imensos e imediatos. Precisamos agora de uma estratégia clara e confiável sobre como a Grécia vai sair desta crise. Mas se esta ideia não for construída com confiança, sem pacote de reformas correto, uma saída do euro não pode ser descartada", afirmou Dombrovskis.
O comissário europeu de Assuntos Econômicos, Pierre Moscovici, manteve cautela ao chegar à reunião e estimou que cabia à Grécia fazer propostas de reformas e ajustes "concretas, completas e confiáveis" após a rejeição categórica dos gregos no referendo de domingo aos pedidos de ajuste dos credores da Grécia. "Muito dependerá do governo grego", afirmou o ministro italiano Pier Carlos Padoan.
O ministro alemão, Wolfgang Schauble, se pronunciou no mesmo sentido considerando que "tudo depende de uma decisão do governo grego", mas afirmou que "sem um programa não há possibilidade de ajudar a Grécia no âmbito da zona do euro".
Autoridades divergem sobre acordo
O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, recordou que as antigas propostas feitas pela Grécia foram rejeitadas. "Estamos preparados para fazer o que for necessário para reforçar a zona do euro e nos mantermos unidos", acrescentou.
O ministro eslovaco, Peter Kazimir, se declarou muito cético sobre a possibilidade de alcançar um acordo nesta terça-feira e acredita que alongar estes debates e discussões seria prejudicial para a Grécia e para a Eurozona. "Devemos decidir nas próximas horas e semanas em um sentido ou em outro", avaliou.
O ministro espanhol, Luis de Guindos, considerou que se encontravam "nos últimos segundos" e repetiu que seu país está disposto a negociar um terceiro programa de resgate financeiro, isso se a Grécia "se ajustar às regras". O recentemente nomeado ministro das Finanças grego, Euclides Tsakalotos, não fez comentários ao chegar à reunião.