Secretária do Comércio dos EUA defende relação estável com a China

Secretária do Comércio dos EUA defende relação estável com a China

Reaproximação entre os dois países pode resultar em reunião entre Joe Biden e Xi Jinping

AFP

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A secretária americana do Comércio, Gina Raimondo, afirmou nesta segunda-feira (28) em Pequim que é "profundamente importante" que Estados Unidos e China tenham uma relação comercial estáveis, no momento em que as duas potências mundiais tentam reduzir as tensões bilaterais. Gina Raimondo é a quarta funcionária de alto escalão do governo Joe Biden que viaja à China este ano, um sinal da aproximação entre os dois países.

As visitas podem resultar no agendamento de uma reunião entre os dois presidentes, o americano Joe Biden e o chinês Xi Jinping. As relações entre Pequim e Washington têm vários pontos de divergência, como Taiwan ou o Mar da China Meridional. "Bem-vinda. É um grande prazer iniciar este diálogo para coordenar as áreas da economia e comércio", declarou o ministro chinês do Comércio, Wang Wentao, a Gina Raimondo.

Os dois se reuniram com suas respectivas equipes, segundo as imagens divulgadas pela emissora estatal CCTV. "Nós compartilhamos 700 bilhões de dólares em comércio e eu concordo com você que é profundamente importante que tenhamos uma relação econômica estável", disse a secretária americana ao ministro chinês, segundo um comunicado divulgado pelo Departamento do Comércio. "É uma relação complicada, uma relação desafiadora", acrescentou. "Nós vamos, é claro, discordar em algumas questões, mas acredito que podemos estabelecer progressos se formos diretos, abertos e práticos", completou.

Gina Raimondo desembarcou no domingo em Pequim e foi recebida por Li Feng, diretor do ministério do Comércio para América e Oceania, além do embaixador americano na China, Nicholas Burns.A secretária também pretende visitar a capital econômica chinesa, Xangai.

Tensão comercial 

As relações entre Estados Unidos e China estão no pior nível em várias décadas, em grande parte devido às restrições comerciais americanas. Washington afirma que as limitações são cruciais para proteger a segurança nacional, mas Pequim considera as medidas uma tentativa de travar o avanço econômico chinês. Biden promulgou este mês uma ordem executiva para restringir determinados investimentos americanos em alguns setores de alta tecnologia da China, o que Pequim chamou de "antiglobalização".

As medidas, que devem entrar em vigor no próximo ano, afetam setores como os semicondutores e a Inteligência Artificial. "Acreditamos que uma economia chinesa forte é uma coisa boa", tentou tranquilizar Gina Raimondo. A secretária americana do Tesouro, Janet Yellen, também tentou acalmar as autoridades chinesas durante uma visita em julho a Pequim, onde prometeu que qualquer nova medida seria aplicada de forma transparente.

Em junho, o secretário de Estado, Antony Blinken, também viajou a Pequim, onde se reuniu com Xi Jinping e destacou avanços em vários temas que registram divergências. Um mês depois, o enviado do governo americano para o Clima, John Kerry, visitou a China. Porém, nenhuma visita rendeu grandes avanços. Além disso, um recente encontro de cúpula em Camp David entre Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão, que em parte tinha o objetivo de confrontar a China, foi muito criticado por Pequim.

Depois do encontro com o presidente sul-coreano e o primeiro-ministro japonês, Biden insistiu que ainda espera ter uma reunião este ano com Xi Jinping. Biden convidou o homólogo chinês para o encontro do fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico, em novembro, em San Francisco. Eles também podem se reunir em setembro em Nova Delhi, durante o encontro de cúpula do G20.


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