Setor de serviços cresce 1,1% em fevereiro após abrir 2023 em forte queda, diz IBGE

Setor de serviços cresce 1,1% em fevereiro após abrir 2023 em forte queda, diz IBGE

Modalidade de transportes foi o destaque positivo no mês

Correio do Povo e R7

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O volume de serviços cresceu 1,1% em fevereiro de 2023 na comparação com o mês anterior, quando houve queda de 3,0%, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira pelo IBGE. Frente a fevereiro de 2022, o setor avançou 5,4%, a vigésima quarta taxa positiva consecutiva. No indicador acumulado no primeiro bimestre deste ano, o volume de serviços mostrou expansão de 5,7% frente a igual período de 2022. Já o acumulado dos últimos doze meses foi de 7,8%. 

Esta é a segunda divulgação da nova série da pesquisa, que passou por atualizações na seleção da amostra de empresas, além de alterações metodológicas, com o objetivo de retratar mudanças econômicas na sociedade. São atualizações já previstas e implementadas periodicamente pelo IBGE.

“Os serviços de tecnologia da informação e o setor de transportes continuam ditando o ritmo dos serviços no país. Os segmentos mais dinâmicos seguem apresentando bom desempenho, enquanto aqueles mais afetados pela pandemia, principalmente as atividades presenciais, já superaram o longo distanciamento que tinham do período pré-pandemia. Em fevereiro, houve uma recuperação de parte da perda verificada em janeiro. A configuração do setor de serviços, portanto, não se altera significativamente nos primeiros dois meses de 2023”, analisa o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.

Com alta de 2,3%, setor de transportes foi a principal influência positiva no mês

O setor de transportes foi o destaque no resultado de fevereiro, sendo responsável pelo maior impacto positivo ao registrar crescimento de 2,3%. Em janeiro, o mesmo setor havia tido a maior influência negativa no resultado do mês. “O transporte rodoviário de cargas, que é o principal modal por onde se deslocam as mercadorias nas estradas brasileiras, segue sendo beneficiado pela demanda crescente vinda do agronegócio, do comércio eletrônico e, em menor escala, do setor industrial, notadamente dos bens de capital e dos bens intermediários, que operam acima do nível pré-pandemia”, explica Rodrigo.

Também se destacaram positivamente em fevereiro os serviços de informação e comunicação (1,6%) e os outros serviços (0,7%). O primeiro teve um ganho acumulado de 2,4% nos dois primeiros meses do ano, enquanto o segundo, após registrar forte retração em janeiro (-8,6%), voltou a crescer.

No sentido contrário, serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,0%) e serviços prestados às famílias (-0,7%) exerceram as influências negativas em fevereiro. No caso do primeiro setor, foi o segundo resultado negativo seguido, com perda acumulada de 3,1%. Já o último eliminou parte do ganho (3,5%) registrado nos últimos meses de dezembro e janeiro.

Transportes de passageiros (2,6%) e de cargas (2,0%) voltam a subir em fevereiro

Após recuo de 3,4% em janeiro, o volume de transporte de passageiros no Brasil registrou expansão de 2,6% em relação ao mês anterior, na série livre de influências sazonais. O segmento se encontra, nesse mês de referência, 5,0% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 18,6% abaixo de fevereiro de 2014, ponto mais alto da série histórica.

O volume do transporte de cargas, por sua vez, cresceu 2,0% em fevereiro, recuperando uma parcela significativa da perda de 2,3% observada em janeiro. Dessa forma, o segmento se situa 1,3% abaixo do ponto mais alto de sua série, alcançado em agosto de 2022. Com relação ao nível pré-pandemia, o transporte de cargas está 32,2% acima de fevereiro de 2020.

No indicador acumulado do primeiro bimestre deste ano, o transporte de passageiros mostrou expansão de 9,0% frente a igual período de 2022, enquanto o de cargas avançou 9,8% no mesmo intervalo.

Serviços crescem em 20 das 27 unidades da federação

Regionalmente, a maior parte (20) das 27 unidades da federação assinalou expansão no volume de serviços em fevereiro de 2023, na comparação com janeiro, acompanhando o avanço observado no resultado nacional (1,1%). Os impactos mais importantes vieram de Mato Grosso (7,7%) e de Pernambuco (6,1%), seguidos por Pará (7,2%), Minas Gerais (0,8%) e Paraná (0,8%). “Em Mato Grosso o agronegócio tem um peso importante, e o escoamento da produção é feito principalmente por transporte terrestre. Logo, o transporte rodoviário de carga se destaca. No caso de Pernambuco, a locação de mão de obra temporária foi o que mais impulsionou os serviços”, acrescenta Rodrigo. Em contrapartida, São Paulo (-0,1%), Distrito Federal (-1,7%) e Rio Grande do Sul (-0,8%) exerceram as principais influências negativas do mês.


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