Setor de serviços recua 0,6% em outubro, 1ª baixa em seis meses

Setor de serviços recua 0,6% em outubro, 1ª baixa em seis meses

Resultado negativo reverte recorde histórico atingido em setembro e coloca o segmento mais importante da economia em um nível 10,5% acima do patamar pré-pandemia

R7

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Depois de crescer por cinco meses consecutivos e atingir o patamar mais alto da história em setembro, o volume de serviços prestados no Brasil perdeu força ao recuar 0,6% em outubro, segundo dados divulgados nesta terça-feira (13) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Mesmo com a reversão da série de altas na qual o segmento acumulou ganho de 4,5%, o setor responsável por cerca de 70% do PIB (Produto Interno Bruto) — soma de todas as riquezas finais produzidas no país — figura em um nível 10,5% acima do nível pré-pandemia.

Na comparação com outubro de 2021, o volume de serviços apresentou a 20ª taxa positiva consecutiva ao avançar 9,5%. O acumulado de janeiro a outubro chegou a 8,7% e em 12 meses, 9%, de acordo com a PMS (Pesquisa Mensal de Serviços).

Rodrigo Lobo, gerente responsável pela pesquisa, afirma que o resultado negativo de outubro foi motivado justamente pela base de comparação elevada após valor mais alto da série histórica atingido no mês anterior.

"O nível mais elevado se deve principalmente à prestação de serviços voltados às empresas, em que observamos como grandes expoentes as empresas que prestam serviços de tecnologia da informação”, avalia Lobo.

Atividades

O resultado negativo do setor mais importante da economia nacional em outubro foi disseminado, com queda em três das cinco atividades investigadas. Entre os destaques aparece o ramo de transportes (-1,8%), que exerceu a maior influência no mês.

Para Lobo, houve queda entre os meios terrestres, aquaviários e aéreos, e a parte de armazenamento, serviços auxiliares ao transporte e correio, assim como em uma análise entre os tipos de uso, com quedas tanto no transporte de passageiros quanto no transporte de cargas. "A queda do transporte aéreo de 10,1% ocorreu em função do aumento nas passagens aéreas observado no mês de outubro, de 27,38%”, analisa o pesquisador.

A área de serviços prestados às famílias recuou 1,5% após mostrar uma sequência de taxas positivas no pós-pandemia, mas como a queda foi muito brusca no período entre março e abril de 2020. "A frequência de taxas positivas ainda não foi suficiente para superar o nível pré-pandemia, de maneira que o setor ainda se encontra 6% abaixo de fevereiro de 2020”, diz Lobo.

Já o setor de serviços profissionais, administrativos e complementares apresentaram queda de 0,8% na comparação com setembro. “Essas perdas vieram da parte de serviços técnico-profissionais, que apresentaram queda de 3,7%, com destaque para a parte de atividades jurídicas, gestão em consultoria empresarial e os serviços de engenharia. Esses três segmentos ajudam a explicar a queda do setor no mês de outubro”, comenta o analista.

Na contramão, as áreas de informação e comunicação (+0,7%) e outros serviços (+2,6%) tiveram desempenhos melhores no mês, com o primeiro setor acumulando um ganho de 4,7% entre julho e outubro. "Os resultados positivos foram influenciados principalmente pelo segmento de tecnologia da informação, que permanece com seu dinamismo, que começou em maio de 2020 e se perpetua até o presente momento com predomínio grande de taxas positivas nesse período, o que não foi diferente em outubro”, afirma Lobo.


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