Setor de serviços registra quarta alta seguida em setembro, afirma IBGE

Setor de serviços registra quarta alta seguida em setembro, afirma IBGE

Volume de serviços prestados subiu 1,8% em setembro ante agosto, na série com ajuste sazonal

AE e R7

O transporte aéreo, profundamente afetado pela pandemia, teve alta de 19,2% em comparação com o mês anterior, mas ainda acumulada queda de -37,6% no ano

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O volume de serviços prestados subiu 1,8% em setembro ante agosto, na série com ajuste sazonal, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços, informou nesta quinta-feira, 12, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa é a a quarta alta consecutiva no consecutiva no ano. Além disso, não houve revisões no resultado de agosto ante julho, quando a alta foi de 2,9%.

No entanto, crescimento ainda não é suficiente para reverter as perdas de 19,8%, acumuladas entre fevereiro e maio, por conta da pandemia do novo coronavírus.  Na comparação com setembro do ano anterior, houve queda de 7,2% em setembro de 2020, já descontado o efeito da inflação. Nessa comparação, as previsões eram de retração entre 9,50% e 5,20%, com mediana negativa de 7,90%.

A taxa acumulada no ano foi de redução de 8,8%. Em 12 meses, os serviços acumulam queda de 6,0%. A receita bruta nominal do setor de serviços subiu 2,0% em setembro ante agosto. Na comparação com setembro de 2019, houve recuo de 7,5% na receita nominal.

Setores

Segundo o IBGE, de agosto para setembro, quatro das cinco atividades pesquisadas tiveram crescimento. Apenas serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,6%) tiveram resultado negativo, eliminando parte do ganho de 5,8% no período de junho a agosto. Somente um dos setores pesquisados — outros serviços — superou o nível pré-pandemia. Em setembro, o setor alcançou 4,8% na comparação com o mês anterior, e 6,1% no acumulado do ano.

Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa, revela também que o setor de outros serviços alcançou o maior patamar desde outubro de 2014, o que reflete a alta nos serviços financeiros e auxiliares.

“As empresas nesse segmento vêm obtendo incrementos de receita desde o segundo semestre de 2018 em função da redução consistente da taxa Selic, que reduziu os ganhos com a poupança e levou os agentes econômicos a buscarem alternativas mais atraentes de investimentos, sejam de renda fixa ou variável. Neste sentido, empresas que atuam como intermediárias desse processo de captação recursos, tais como as corretoras de títulos e as administradoras de bolsas de valores, têm obtido ganhos expressivos de receita por conta da maior procura por ativos de maior rentabilidade”, comenta.

Outra atividade que teve papel de destaque foi a de informação e comunicação, que teve expansão de 2% em setembro, eliminando, dessa forma, a queda de -1% registrada em agosto. Porém, ganho acumulado de 7% desde junho ainda não foi o suficiente para compensar o recuou de -8,9% constatado de janeiro a maio deste ano.

No entanto, dentro desse setor, vale ressaltar o segmento de tecnologia da informação, que já dá sinais de recuperação, sendo um dos poucos com resultado positivo no acumulado do ano (6,5%).

Setores mais afetados pela pandemia

Apesar de serem os setores mais afetados pela pandemia do novo coronavírus, serviços prestados às famílias e transportes tiveram importância moderada na composição do resultado de setembro, registrando alta de 9,0% e 1,1%, respectivamente. Ambos crescerem pelo quinto mês consecutivo. 

Lobo explica que, por conta das circuntâncias, muitos trabalhadores ainda estão exercendo suas funções fora do local de trabalho, além de que há muitas pessoas que sequer estão saindo de casa, muito menos viajando. “Por isso, estabelecimentos como restaurantes e hotéis, além do transporte de passageiros ainda não estão funcionando em plena capacidade, atuando como limitadores de um processo mais acelerado de retomada tanto dos serviços prestados às famílias como do setor de transportes como um todo”, explica Lobo.

O transporte aéreo, profundamente afetado pela pandemia, teve alta de 19,2% em comparação com o mês anterior, mas ainda acumulada queda de -37,6% no ano.  Por outro lado, os segmentos de transporte aquaviário (11,2%) e de armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio (2,2%) foram os únicos — além dos serviços de tecnologia da informação — que registraram taxas positivas no acumulado do ano.

Já os serviços prestados às famílias acumulam queda de -38,6% em 2020. Dentro deste setor, o segmento de serviços de alojamento e alimentação é o que soma a maior retração dentro todos os segmentos: -40,2%. 


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