Setor de serviços representa 58% do PIB do Rio Grande do Sul, aponta FEE

Setor de serviços representa 58% do PIB do Rio Grande do Sul, aponta FEE

Pela primeira vez Triunfo não está no ranking das dez maiores economias do Estado

Correio do Povo

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* Com informações da repórter Mauren Xavier

A Fundação de Economia e Estatística (FEE) divulgou nesta quarta-feira, em parceria com o IBGE, que o Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande Sul em 2014 foi de R$ 357,8 bilhões e apresentou um crescimento nominal de 7,7%, resultado da queda de 0,3% no volume produzido e do aumento de 8,0% nos preços. O setor que mais contribuiu para esse desempenho foi o de serviços, que cresceu nominalmente 11%. Já o PIB per capita ficou em R$ 31.927. O município com maior valor continua sendo Triunfo, com R$ 184.668,72, devido às atividades do Polo Petroquímico.

As mudanças econômicas, como desvalorização do valor do petróleo e de produtos químicos, impactaram diretamente no resultado do Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios gaúchos em 2014. O levantamento mostrou, por exemplo, que entre os 10 maiores PIBs, Canoas perdeu posição, passando de terceiro para quarto lugar (R$ 9,9 bilhões), e Triunfo, pela primeira vez desde 1999, não está mais entre os principais. O ranking segue liderado por Porto Alegre (R$ 64 bilhões), em seguida, Caxias do Sul (R$ 22 bilhões) e Gravataí (R$ 10 bilhões).

Ainda sobre o ranking, chama a atenção a mudança de posição de Santa Cruz do Sul, que passou de 8º para o 5º lugar somando R$ 8 bilhões. Queda considerável foi sentida na economia de Rio Grande, que passou de 5º para 8º, com R$ 7,3 bilhões.

Sobre o conjunto de cidades, o economista da FEE, Guilherme Risco, explica que são cidades com população grande e com elevada participação dos serviços, seguido pela indústria. “Os serviços estão presentes em todos os municípios, uma vez que há uma relação com as outras atividades”, destaca Risco.

De maneira panorâmica, o estudo indica que os serviços são o maior setor em atividade, representando 58,3% do PIB do Estado, seguido pela indústria, com 20,2%, e agropecuária, com 8,1%. Entre os setores, há algumas variações também. Existe uma concentração de serviços e indústria na região Metropolitana até Caxias do Sul, enquanto que o agronegócio aparece mais pulverizado entre os municípios. Por exemplo, 111 cidades tem na agropecuária a sua principal atividade.

Risco recordou ainda que no ano de 2014 não houve impactos consideráveis ligados ao agronegócio, porém, sobre a indústria cresceu pouco e alguns produtos tiveram queda de valor, como no caso dos itens ligados ao petróleo e à química, o que justifica a queda de posição de Canoas e Triunfo, por exemplo.

Apesar de Triunfo não estar mais entre os dez principais, segue tendo o maior PIB per capita, que relaciona a produção local e a população. O destaque deve-se pelo Polo Petroquímico. Na sequência, destacam-se Muitos Capões, pela produção de soja; Horizontina, em que predominam atividades de fabricação de máquinas agrícolas; e Pinhal da Serra, que possui uma usina hidrelétrica.

A pesquisa ainda mostrou aquelas cidades com os menores PIBs. Alvorada ficou em primeiro lugar, sendo seguido por Ametista do Sul, Caraá e Amaral Ferrador.

Analisando desde o início do estudo, em 2002, a taxa de crescimento do PIB nominal apresentou crescimento de 262%, resultado dos aumentos de 37% no volume de produção e de 164% nos preços. Os maiores crescimentos relativos do PIB nominal ocorreram em Pinhal da Serra (1.362%), Tupandi (1.035%), Miraguaí (810%), André da Rocha (727%) e Capão do Cipó (705%).

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