Setores econômicos de Porto Alegre aguardam decreto de liberação de atividades
Comércio se diz pronto para reabrir de imediato assim que for permitido
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A semana era pra começar com um novo ânimo para setores da construção civil, comércio, serviços e alimentação, que poderiam ter reaberto já nesta segunda-feira, caso o decreto da Prefeitura de Porto Alegre, contendo a flexibilização nas restrições de funcionamento, tivesse sido publicado no final de semana. Até as 19h desta segunda-feira, isso ainda não havia acontecido. Ainda assim, independente do momento em que ocorrer a reabertura, o comércio se diz pronto para reabrir de imediato.
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Porto Alegre, Irio Piva, afirma que os associados estão a postos para voltar a atuar. “A Prefeitura deu um retorno, que para publicar o decreto, estaria fazendo acertos com o estado e Ministério Público, para que se evite um novo regresso. O varejo está pronto. Se houver autorização para retomar nesta terça-feira ou quarta-feira, nós vamos retomar”, garantiu Piva. Conforme ele, até sair o decreto, a orientação é para que ninguém descumpra ordem.
Já o Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre (Sindilojas), por meio de nota, requer maior coerência e agilidade entre os poderes públicos na publicação de um novo decreto para o setor. “É preciso, urgentemente, haver uma ação efetiva que permita o retorno seguro das atividades econômicas na cidade”, pontua o comunicado. O Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre e região (Sindha), optou por não se manifestar enquanto aguarda a publicação das novas normas.
No setor de habitação e construção civil, as imobiliárias estiveram fechadas nesta segunda-feira, enquanto aguardam também pela liberação de funcionamento. “Esta indefinição afeta por que há uma certa confusão. O estado dá uma direção, a Prefeitura tem outra. E na nossa avaliação, a prefeitura é mais capaz de resolver este assunto”, opina o presidente do Sindicato Intermunicipal das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis e dos Condomínios Residenciais e Comerciais do Rio Grande Do Sul (Secovi/RS), Moacyr Schukster.
Para a construção civil, a segunda-feira foi de riscos. Apesar de alinhavado com o Município na sexta-feira, as empresas mobilizaram suas estruturas e não conseguiram cancelar o dia de trabalho com antecedência. Acabaram atuando sem respaldo legal. O presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil no Estado do Rio Grande do Sul (Sinduscon/RS), Aquiles Dal Molin Junior, espera que o decreto dê tranquilidade a todos: “Nos obrigamos a trabalhar preocupados com esta situação da falta do decreto. Estamos numa grande expectativa de que ainda nós possamos atuar com tranquilidade, segurança jurídica e dentro da legalidade”, concluiu o executivo.