Sindienergia-RS e Portos RS assinam protocolo de intenções para transição energética no setor portuário gaúcho

Sindienergia-RS e Portos RS assinam protocolo de intenções para transição energética no setor portuário gaúcho

Evento voltado ao segmento eólico com a presença do governador Eduardo Leite e investidores ocorreu nesta quarta, na Fiergs

Felipe Faleiro

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O Sindicato das Indústrias de Energias Renováveis do Rio Grande do Sul (Sindienergia-RS) e a estatal Portos RS assinaram, nesta quarta-feira, um protocolo de intenções para o projeto Porto Verde, de transição energética nos portos gaúchos, com início em Rio Grande. A assinatura ocorreu durante um evento na sede da Fiergs, em Porto Alegre, com a presença do governador Eduardo Leite, das presidentes do Sindienergia-RS, Daniela Cardeal, e da Fiergs, Cláudio Bier, além de secretários estaduais e investidores.

Junto a esta assinatura, também foram firmados memorandos de entendimento com empresas para proporcionar projetos de energia eólica na região, visando o setor portuário. A ideia é inspirada em iniciativas feitas na Bélgica e Holanda, segundo Daniela, para quem os investimentos poderão ser na base de US$ 1 milhão por megawatt caso haja a construção de plataformas onshore ou US$ 3 milhões por megawatt se no sistema offshore, ou seja, em alto-mar. “É uma novidade que estamos propondo para o Rio Grande do Sul”, disse ela.

Além disso, de acordo com a presidente, o evento serviu para “abrir o Estado para a possibilidade de novos parques eólicos. A ideia de hoje foi apresentar a situação do Rio Grande do Sul e nós contamos com o apoio total e restrito das secretarias de Desenvolvimento Econômico (Sedec) e Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) para haver estas oportunidades”. Ela também comentou que o sindicato acompanha a aprovação, no Senado, na terça, do marco regulatório da energia offshore.

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Na proposta, foram adicionados “jabutis”, projetos sem relação com o original, incluindo a possibilidade da prorrogação de benefícios para pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), ou fontes mais poluidoras, como o carvão. “O que queremos é o projeto de lei aprovado. Pode ser que ele entre com todos os jabutis, ou que seja retirado algo, sabemos que o próprio presidente pode pedir sua retirada. No caso das térmicas, nos abstemos desta discussão, porém, eventualmente, no caso da geração hídrica, podemos contribuir”, disse ela.

O titular da Sedec, Ernani Polo, apresentou o Plano Rio Grande do Futuro, com potenciais investimentos econômicos. Na visão de Leite, a transição energética permeia os três eixos do projeto: econômico, inclusivo e sustentável. “É crítico para o nosso desenvolvimento estar dentro de uma grande oportunidade, e neste evento destacamos justamente essas oportunidades e o tanto que o estado está dedicado a fazer com que novos empreendimentos em geração de energias renováveis possam acontecer aqui, gerando empregos e renda pra nossa população”, comentou o governador.

A titular da Sema, Marjorie Kauffmann, disse que o tema está alinhado ao plano de transição energética e adaptação climática do Estado. “Temos participado ativamente junto à Sedec para que possamos apresentar nosso panorama e oportunidade aos empreendedores”, avaliou ela. Bier, por sua vez, afirmou que o encontro “marca um momento significativo para reforçarmos o papel das energias renováveis como motor do desenvolvimento sustentável gaúcho”. “As energias renováveis são mais do que um pilar da sustentabilidade. São uma estratégia para dinamizar a economia, atrair novos negócios e elevar a qualidade de vida da população”, comentou Bier.


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