Sinduscon-RS realiza encontro em Porto Alegre para debater crédito imobiliário

As possibilidades dos novos programas de financiamento e a situação econômica são algumas das questões discutidas nesta sexta-feira, durante o evento Em Debate – Crédito Imobiliário, promovido pelo Sindicato das Indústrias da Construção Civil do RS (Sinduscon-RS) no teatro de sua sede, no bairro Auxiliadora, em Porto Alegre. Empresários representantes de incorporadoras, como Melnick, da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) e instituições bancárias, a exemplo do Banrisul, estiveram presentes e participaram dos painéis.

A abertura foi conduzida pelo presidente do Sinduscon-RS, Claudio Teitelbaum, e por seu vice-presidente e coordenador do evento, Rafael Garcia. Segundo Teitelbaum, o evento é positivo para levar à cadeia produtiva do segmento a informação a respeito dos aspectos financeiros e como tomar melhores decisões em relação à disponibilização e aquisição de crédito. “Há empresas de diferentes portes, micro, pequenas, médias, grandes, e cada uma tem sua necessidade de tomada dos créditos. Com este evento, agregamos valor ao nosso associado de forma que ele consiga estruturar grandes empreendimentos imobiliários”, observou.

Ainda segundo ele, programas habitacionais como o Minha Casa Minha Vida, que está em processo de retomada em âmbito federal, e o Mais Habitação, lançado nesta semana pela Prefeitura de Porto Alegre, têm potencial para alavancar ainda mais o mercado. “Temos um lema, tanto no Sinduscon, quanto na Abecip, de que, se é bom para o Brasil, é bom para a construção civil, que agrega os itens fundamentais da qualidade de vida, como moradia, promovendo bem-estar, gerando empregos, renda e movimentando dezenas de outras cadeias produtivas”, afirmou o presidente do Sinduscon-RS.

A entidade observa também as oscilações inflacionárias e da taxa de juros. “Temos esta previsão de que haverá queda de meio ponto percentual da taxa Selic a cada reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, chegando a menos de 12% no final do ano. E, se tudo der certo, na faixa de 9% até o final do ano que vem. Para isto, contamos com que o governo federal faça sua lição de casa, com o arcabouço fiscal levado a votação, além do crescimento da economia e do PIB”, disse Teitelbaum.

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em reunião na última quinta-feira, divulgou que o valor da estrutura de funding no país chegou a R$ 2,06 trilhões em 2023, aumento de 16% entre 2021 e o ano passado. O montante se refere aos fundos de investimento disponíveis para projetos, como Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), Letra Imobiliária Garantida (LIG), Letra de Crédito Imobiliário (LCI), Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) e Fundo de Investimento Imobiliário (FII).