Tá na Mesa aborda a geração de novas receitas para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul

Tá na Mesa aborda a geração de novas receitas para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul

Empresários ressaltaram investimentos em setores portuário e de energia são vitais para a expansão dos negócios no Estado

Correio do Povo

Presidente da Federasul, Rodrigo Sousa Costa, cobra posição dos deputados estaduais sobre aumento de impostos

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A edição desta quarta-feira do "Tá na Mesa" abordou a geração de novas receitas para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul. O encontro destacou ações e planejamentos dos setores portuário e de energia renovável, bem como a relação direta que possuem para alavancar negócios em diferentes áreas da economia gaúcha.

A tradicional reunião-almoço promovida há mais de 30 anos pela Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande Sul (Federasul) trouxe como convidados o diretor comercial da Wilson Sons, Rodrigo Velho, e o diretor de Eólicas do Sindicato das Indústrias de Energias Renováveis do Rio Grande do Sul (Sindienergia-RS), Guilherme Sari.

Na abertura, o presidente da Federasul, Rodrigo Sousa Costa destacou a luta da entidade contra o aumento de impostos proposto pelo governo do Estado e em discussão na Assembleia Legislativa. “Lutamos em três eixos de ação para melhorar o ambiente de negócios do Estado, por isso, somos contra aumento de impostos de qualquer tipo. Nós já conseguimos a manifestação de 31 deputados contra esta proposta”, reforçou o presidente.

Rodrigo Velho (E) e Guilherme Sari | Foto: Camila Cunha

O representante da Wilson Sons, maior operadora de logística portuária e marítima do mercado brasileiro, destacou ações para mudanças na operação no Porto de Rio Grande. A ideia é transforma o terminal gaúcho em um Hub alimentador para portos de Montevidéu e Buenos Aires. “O que vamos apresentar é o projeto do Ramport, que é fazer com que o terminal de Rio Grande seja o porto concentrador do Sul da América do Sul. Apesar de Uruguai e a Argentina serem outros países, nós temos hoje uma oportunidade muito grande de fazer com que isso mude, que a logística de contêineres mude, e o primeiro passo foi dado”, afirma Rodrigo Velho.

Para alcançar este objetivo, a proposta da empresa é aproveitar a melhor estrutura e capacidade para receber grandes cargueiros do terminal gaúcho. Para isso, as cargas seriam transportas para Uruguai e Argentina em navios menores, no sistema feeder (alimentador), o que proporciona vantagens comerciais aos importadores e exportadores, de acordo com o gestor da empresa.

“Faremos essa conexão através de serviço feeder. O navio principal vem do exterior, descarrega em Rio Grande e de lá um outro navio menor alimenta aos portos de Buenos Aires e Montevidéu. Isso é um ganho de volume para o Rio Grande”, explica Rodrigo Velho. A previsão da empresa é iniciar a operação no final de maio.

A operação reduzirá tempo de deslocamento e custos operacionais, de acordo com o gestor, além de eficiência ao sistema logístico. “Atualmente, quando um navio vem da Ásia, ele precisa ir a Santos para descarregar a importação e aliviar peso para poder entrar nos portos de Buenos Aires e de Montevidéu, pois operam com calado (profundidade) de 10 metros. Depois ele volta a Santos para carregar a exportação. Com esse setup, não haverá mais tal necessidade, o navio entrará direto por Rio Grande, que tem calado homologado de 15 metros, fará a transferência da carga e seguirá a São Paulo sem fazer escala dupla. O porto de Rio Grande pode se transformar no segundo do Brasil em movimentação de carga e em relevância”, diz.

O diretor de Eólicas do Sindicato das Indústrias de Energias Renováveis do Rio Grande do Sul (Sindienergia-RS) abordou investimentos necessários para desenvolver o setor energético do Estado. “O Rio do Sul importa 30% da energia consumida. Tornar o Estado autossuficiente envolve planejamento. São necessários R$ 6 bilhões em investimento para atender as demandas”, afirma Guilherme Sari.

O diretor destaca o potencial da Lagoa dos Patos para a geração de energia eólica. “Temos levantado, mas ainda a explorar este potencial, que é de 24 mil gigawatts. O desenvolvimento do Rio Grande do Sul passa pela busca por autossuficiência”, complementa.


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