Temer critica sobretaxa do aço pelos EUA

Temer critica sobretaxa do aço pelos EUA

Entretanto, presidente brasileiro diz que governo deve aceitar cotas

AE

Entretanto, presidente brasileiro diz que governo deve aceitar cotas

publicidade

O presidente Michel Temer criticou, nesta sexta-feira, a decisão do Estados Unidos de sobretaxar o aço e o alumínio brasileiros. Em entrevista à NBR, Temer afirmou que a decisão não foi "útil" e deixou em aberto a possibilidade do Brasil recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC). O presidente admitiu, no entanto, as chances de aceitar as chamadas cotas impostas pelos norte-americanos.

"Nós exportamos muito aço inacabado. Há uma tendência de aceitar as chamadas cotas que os Estados Unidos estão pleiteando (para o aço brasileiro). Isso ainda está em estudo. O mesmo vale para o alumínio", afirmou Temer. "Não sei se vamos levar isso para a OMC ou não, mas por enquanto produtores não querem perder essas exportações. Não foi útil essa decisão norte-americana, tanto que foi adiada. Quem sabe (essa decisão) seja adiada até o final do mês e nós possamos negociar melhores condições", disse.

Temer também comentou sobre os preços praticados pela Petrobras, ao ser questionado sobre a imagem da estatal em seu governo. Ele disse que a empresa melhorou financeiramente, na gestão de Pedro Parente, atual presidente, por conta da equiparação dos preços com o mercado internacional. "A Petrobras era praticamente um palavrão cerca de dois anos atrás. Com isso as ações caíram. Com o Pedro Parente, a Petrobras logo se recuperou. Parente me disse que o melhor seria acompanharmos política de preços internacionais e é isso que temos feito. Isso dá muita credibilidade e vai continuar", explicou o presidente da República.

Sobre os elevados preços de combustível, Temer respondeu que, "lamentavelmente", a tendência é que se continue assim. "Caindo o preço internacional, o preço dos produtos da Petrobras cai também", explicou. Sobre a reforma da Previdência, o presidente não descartou que o tema possa voltar à pauta legislativa após as eleições. Disse que, ainda assim, a tendência é que as alterações ocorram no próximo governo, já que sua gestão colocou o tema na pauta política do País. "Sem eleições pela frente, isso facilita a aprovação da reforma da Previdência".

Ao argumentar, no entanto, sobre as razões de o governo não ter conseguido aprovar o tema junto ao Parlamento, Temer lembrou da intervenção federal no Rio de Janeiro. "Entre a reforma da Previdência, de difícil aprovação, e a intervenção federal no Rio de Janeiro, tivemos que paralisar essa reforma", explicou. O presidente também falou sobre os altos juros do cartão de crédito. Com um discurso voltado para o cidadão, ele explicou por que a redução da taxa Selic não derrubou também os juros praticados por bancos privados. Mas, na sequência, disse que o governo está num movimento para reduzir isso.

A ideia é utilizar a Caixa Econômica Federal para pressionar que as instituições financeiras também joguem os juros para baixo. "A tendência é reduzir juros do cartão de crédito. Já houve uma redução, mas estamos numa movimentação para garantir uma redução maior no juros dos bancos", disse. Sobre a queda da inflação, Temer disse que isso se deu pelo diálogo junto ao Congresso Nacional, o que trouxe confiança ao governo. Ele também falou sobre medidas sociais do governo. Citou, mais uma vez, o reajuste acima da inflação para o Bolsa Família, o que não acontecia há dois anos, como destacou ele, e a possibilidade de lançar uma linha de crédito imobiliário pela Caixa Econômica ainda neste mês.

Empreendedor criou negócio para oferecer a receita ‘perfeita’ de xis em Porto Alegre

Quinta unidade inaugurada desde 2020 tem no cardápio lanches, petiscos e pratos

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895