Tesouro Nacional gasta R$ 20,6 bi de colchão da dívida para acalmar mercado

Tesouro Nacional gasta R$ 20,6 bi de colchão da dívida para acalmar mercado

Reservas de títulos passaram de R$ 575 bilhões para R$ 555 bilhões

Agência Brasil

Reservas de títulos passaram de R$ 575 bilhões para R$ 555 bilhões

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Em um mês de atuação no mercado, o Tesouro Nacional gastou R$ 20,651 bilhões na recompra de títulos públicos. A informação foi divulgada nesta sexta-feira pelo órgão. O papel mais retirado de circulação foi a Nota do Tesouro Nacional – Série F (NTN-F), título prefixado de longo prazo, cujas recompras somaram R$ 11,175 bilhões. Em seguida, o Tesouro recomprou R$ 6,176 bilhões de Notas do Tesouro Nacional – Série B (NTN-B), título corrigido pela inflação. Por fim, o governo tirou de circulação R$ 3,299 bilhões de Letras do Tesouro Nacional (LTN), título prefixado de médio prazo.

Desde 28 de maio, durante a paralisação dos caminhoneiros, o Tesouro tem usado o colchão da dívida pública – reserva de recursos financeiros – para recomprar títulos federais e reduzir a volatilidade no mercado. O colchão da dívida, que cobre cerca de sete meses de vencimentos de títulos do Tesouro, passou de R$ 575 bilhões para cerca de R$ 555 bilhões nos últimos 30 dias.

De acordo com o Tesouro, as recompras têm como objetivo diminuir a instabilidade no sistema financeiro, fornecer um referencial de preços para o mercado e diminuir o risco de papéis prefixados de prazo mais longo e taxas maiores em circulação. Normalmente, os investidores que querem se desfazer dos títulos públicos e embolsar os ganhos até o momento os vendem no chamado mercado secundário, onde os papéis já emitidos pelo Tesouro trocam de mãos. No entanto, em momentos de instabilidade, como o atual, o excesso de vendedores no mercado secundário faz o preço dos títulos despencar.

Para evitar que os investidores vendam papéis com elevado deságio, o Tesouro Nacional entra no mercado para comprar títulos, pagando preços melhores. Ao atuar no sistema financeiro, o Tesouro também fornece uma referência para o mercado secundário, que terá que oferecer preços mais atraentes para os investidores que querem se desfazer dos papéis. Para o governo, a recompra ajuda ainda a retirar do mercado papéis mais afetados pela turbulência financeira, reduzindo o custo da dívida pública para o Tesouro.

Além de recomprar papéis, o Tesouro fez leilões extraordinários. Nesses leilões, o governo oferece lotes menores que os habituais com títulos de prazos mais curtos. Desde 7 de junho, o Tesouro vendeu R$ 1,542 bilhão em leilões extraordinários. Desse total, foram vendidos R$ 636,5 milhões em NTN-F, R$ 542,6 milhões em NTN-B e R$ 362,7 milhões em LTN.

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