Transição energética deve marcar Hannover

A feira Hannover Messe 2023 foi oficialmente aberta no final da tarde deste domingo, no Norte da Alemanha. Assim como era esperado, o debate sobre a transição energética predominou. A cerimônia foi concorrida e contou com participações do primeiro-ministro Olaf Scholz e do presidente Joko Widodo, da Indonésia, país homenageado que marcou presença na solenidade com apresentações de danças e elementos culturais. A Indonésia foi homenageada por seu trabalho na área de inovação e avanços em infraestrutura. O destaque para a Indonésia também está vinculado aos investimentos do país nos últimos anos em tecnologia, o que leva impacto à educação e ao processo de formação da sociedade.

Scholz ressaltou que o evento tem grande potencial de trazer o que a indústria está discutindo em relação à geração de energia mais sustentável. Segundo o premiê, é fundamental que o país atue para ser uma nação industrial líder mundial. Neste ponto, Hannover traz informações sobre como a inovação pode representar maior eficiência e qualidade na área da tecnologia. No discurso que concluiu a cerimônia de abertura, Scholz também ressaltou a importância da transformação do processo de geração de energia, isso porque o país fechou neste final de semana as suas últimas usinas nucleares. A meta é que até 2050 o país ultrapasse o período de transição energética, diversificando a matriz produtiva. A Hannover Messe 2023 promete ser neste ano “a recuperação”, após dois anos de fortes impactos da pandemia. Ao mesmo tempo, será maior em espaço de ocupação de pavilhões.

Enquanto ocorria a solenidade oficial, o vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Gilberto Porcello Petry, dava as boas vindas à comitiva brasileira. Estão na Alemanha o vice-governador, Gabriel Souza, e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo. O grupo conta com empresários e representantes de empresas.

A Hannover Messe segue até a próxima sexta-feira, dia 21. A comitiva brasileira tem 170 pessoas, das quais 63 do Rio Grande do Sul, representantes de 105 empresas do país. O vice-presidente da CNI e presidente da Fiergs, Gilberto Petry, que lidera a comitiva brasileira (foto), ressaltou a importância de Hannover e como a indústria brasileira deve se portar no cenário mundial. O principal objetivo, afirma, é mostrar a relevância da indústria brasileira como parceira estratégica na construção da economia de baixo carbono e para uso eficiente de recursos naturais, além de prospectar negócios.