Trump pede ao Banco Mundial que não empreste dinheiro à China
Washington argumenta que país asiático é rico o suficiente para se financiar
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, censurou na sexta-feira à noite o Banco Mundial por seus empréstimos à China. "Por que o Banco Mundial empresta dinheiro à China? Isso é possível? A China tem muito dinheiro e, se não o tem, deve criar. PAREM!", escreveu Trump no Twitter.
"Os empréstimos do Banco Mundial à China foram drasticamente reduzidos e continuarão a ser reduzidos conforme acordado com todos os nossos acionistas, incluindo os Estados Unidos", reagiu a instituição financeira em comunicado. "Estamos eliminando os empréstimos à medida que os países ficam mais ricos", acrescentou.
Why is the World Bank loaning money to China? Can this be possible? China has plenty of money, and if they don’t, they create it. STOP!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) December 7, 2019
Trump reiterou, assim, uma posição que ele defende há muito tempo em seu governo e que é compartilhada por David Malpass, atual presidente do Banco Mundial (BM), ex-funcionário do Tesouro americano e apoiador de Trump. O tuíte do republicano também é uma extensão da mensagem de seu secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, que disse na quinta-feira em uma comissão da Câmara de Representantes que o governo dos Estados Unidos havia expressado sua "objeção" ao programa plurianial de empréstimos e projetos do BM na China.
O programa foi aprovado na quinta-feira e prevê uma redução do montante de empréstimos à China e também se dispõe a ser mais seletivo durante o período 2020-2025. "Isso reflete a evolução do nosso relacionamento com a China", afirmou Martin Raiser, diretor do Banco na China, em comunicado divulgado na quinta-feira."Nosso compromisso será cada vez mais seletivo".
Essa redução, no entanto, não é suficiente para Washington, cujo argumento é simples: a segunda economia mundial é rica o suficiente para se financiar e não depende de empréstimos do Banco Mundial, que deveriam fornecer recursos financeiros aos países mais pobres. O discurso ocorre em meio a negociações entre Washington e Pequim para tentar encerrar uma guerra comercial de 18 meses entre as duas potências.