UE enviará missão ao Brasil após recusa de cargas de limão, diz secretário

UE enviará missão ao Brasil após recusa de cargas de limão, diz secretário

União Europeia quer avaliar medidas tomadas pelo País para mitigação de doença nas frutas

AE

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O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Luís Rangel, afirmou nesta quinta-feira que a União Europeia (UE) enviará uma missão sanitária ao Brasil para avaliar as medidas tomadas para a mitigação do cancro cítrico em pomares.

A missão, que não tem ainda data definida para chegar ao País, ocorre após uma série de recusas de cargas de limão tahiti com cancro e a ameaça de embargo do bloco econômico às exportações de citros, como revelou nesta quarta feira. "Houve uma falha e um descontrole de lotes enviados no pico da safra, o que gerou a reclamação e, posteriormente, uma auditoria e uma série de medidas de mitigação tomadas pelo governo", disse Rangel. "Imagino que a União Europeia ficou chateada com tudo isso e aguardamos a missão no Brasil para mostrar que as medidas tomadas foram efetivas", completou o secretário, que acompanha o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, em visita à Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé), na cidade mineira.

A ameaça de embargo da UE às frutas cítricas frescas ocorreu após o rechaço este ano de oito contêineres de limão com cancro cítrico, embarcados em Santos (SP) e que entrariam no bloco econômico pela Inglaterra. A doença, uma das principais da citricultura, é comum no Estado de São Paulo, mas não existe na Europa e é considerada uma ameaça à produção do continente europeu, principalmente na Espanha e na Itália, maiores produtores locais de laranja e tangerina.

As exportações de limão tahiti e a UE praticamente dominam as vendas externas de frutas cítricas frescas do Brasil. Entre janeiro em julho deste ano, as exportações de limão movimentaram 68,58 mil toneladas e US$ 64,15 milhões, 84% do volume total de 81,70 mil toneladas de todos os citros comercializados e ainda 93% do faturamento, de US$ 68,73 milhões no período. Para a União Europeia, foram exportadas 60,45 mil toneladas de limão tahiti, com uma receita de US$ 57,24 milhões nos primeiros sete meses de 2016.

Ainda segundo o secretário, a ameaça da UE atinge apenas as frutas frescas e não chegará ao suco de laranja brasileiro, que é processado antes de ser exportado e que movimenta cerca de US$ 2 bilhões de dólares em divisas anuais. "Para o suco não tem o menor risco", garantiu Rangel.

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