Volskwagen anuncia recall de 281 mil carros do modelo Passat
Versões CC e Wagon, de 2009 a 2016 podem ter defeito em bomba de combustível
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Apesar de o número ser bem menor que os 11 milhões de carros convocados para correção por causa do "dieselgate" - esquema de manipulação de emissões de gases poluentes, que incluiu 600 mil veículos nos Estados Unidos - as notícias de mais problemas vieram em má hora, quando a companhia tenta recuperar sua imagem com os consumidores. "A interrupção de energia elétrica para o módulo de controle da bomba de combustível pode levar a bomba a falhas. Se ela falhar, o motor vai parar, aumentando o risco de acidentes", disse a empresa em uma carta da Administração Nacional de Segurança no Tráfego Rodoviário (NHTSA).
Um porta-voz da Volkswagen disse que "não houve feridos ou acidentes de nosso conhecimento" em decorrência das engrenagens defeituosas. A empresa não tem uma estimativa do custo necessário para a reposição. A companhia também afirmou que não vai cobrar para fazer a substituição. Contudo, as novas peças - de um fornecedor diferente das originais - estão "atualmente indisponíveis".
A fabricante parece ter descoberto o defeito após uma investigação de autoridades chinesas iniciadas em 2016 ter levado a um "recall" no país asiático no começo desse mês. A Volkswagen ainda está se recuperando após ter admitido, em 2015, que equipou seus veículos a diesel com um software para trapacear os testes de emissões de poluentes.
Os veículos eram vendidos como "limpos", mas, na verdade, emitiam até 30 vezes mais óxido de nitrogênio que o permitido no ambiente, durante uma condução normal. A empresa confessou sua culpa no "dieselgate" em março e concordou em pagar 4,3 bilhões de dólares em penalidades - além de acordos civis de 17,5 bilhões. A Volkswagen ainda enfrenta uma série de desafios legais na Alemanha e ao redor do mundo e já gastou cerca de 24,4 bilhões de dólares para cobrir os gastos com o "dieselgate".