Alunos e entidades se mobilizam em função do bloqueio de verbas

Alunos e entidades se mobilizam em função do bloqueio de verbas

Defensoria Pública da União já foi acionada por representantes de reitorias do RS

Correio do Povo

Na UFPel, estudantes ocupam o Campus 2, em Pelotas, como forma de protesto

publicidade

Descontentes com a falta de verbas para pagamentos de bolsas e auxílios na graduação após o bloqueio orçamentário estimado em R$ 431 milhões pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e feito pelo Ministério da Educação, alunos das universidades federais de Pelotas (UFPel) e do RS (Ufrgs) começaram a se manifestar contra a situação vivida. 

Na UFPel, estudantes ocuparam ontem o campus 2, em Pelotas, como forma de protesto. Os alunos dizem estar preocupados com recursos de auxílios que não foram pagos já neste mês, pois dependem deles para sobreviver. O superintendente de Orçamento da instituição, Denis Franco, citou o receio de que “além das despesas com os auxílios e bolsas, a universidade também não conseguirá pagar os contratos de serviços terceirizados e as despesas contínuas”.

Na Ufrgs a situação é parecida. Por isso, o Diretório Central de Estudantes realiza amanhã, às 19h, uma plenária de mobilização na Faculdade de Educação, no Campus Centro, em Porto Alegre.

Com a repercussão do assunto, o Ministério da Economia emitiu uma nota afirmando que a execução orçamentária e financeira “tem sido desafiadora neste fim de ano”. De acordo com a pasta, uma portaria, de 6 de dezembro, remanejou, dentro dos ministérios, aproximadamente R$ 3,3 bilhões, cabendo a cada um “alocar internamente esses recursos, conforme suas prioridades. O montante global de cada ministério foi preservado”.

A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, da Câmara dos Deputados, discute o assunto, amanhã, às 9h30min, em uma audiência pública, com transmissão pelo site da Câmara. Já vários representantes das reitorias da UFPel, IFSul, IFRS e UFCSPA reuniram-se hoje com Daniel Cogoy, membro da Defensoria Pública da União (DPU), para apresentar a situação crítica em que cada uma se encontra.

A insegurança alimentar dos estudantes é, para Cogoy, a principal bandeira a ser levantada, estando ao alcance da Defensoria Pública da União, por haver um entendimento de violação de Direitos Humanos. Para isso, explicou que será necessário um contato por meio de ofício com o Ministério da Economia para que sejam pedidos esclarecimentos, antes de se ingressar com alguma ação. O defensor salientou ainda que não é possível garantir algum resultado com a medida, mas, sim, a participação da DPU na mobilização




Pós-graduação, Formação para dirigentes educacionais e Prêmio de redação: confira a agenda deste sábado

Seleções são realizadas pela Universidade Estadual do RS, Federal do RS e Associação dos Juízes do estado

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895