Após agressão de professora, escola da Lomba do Pinheiro não tem previsão para retorno das aulas
Professores, estudantes e pais se reuniram com a Smed para discutir a segurança no local
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A agressora, de 23 anos, é ex-aluna da instituição e foi ao local após a escola solicitar a presença de um responsável pelo adolescente. Na terça-feira, a mãe do estudante já havia ameaçado a professora. A jovem fugiu após a agressão e ainda não foi encontrada. Já a professora foi encaminhada para atendimento no Hospital de Pronto Socorro.
Durante a manhã de hoje, uma reunião de emergência foi realizada entre professores, pais, alunos e representantes da Secretaria Municipal de Educação. Guarda Municipal e a Brigada Militar também estiveram presentes. No encontro, além da segurança da escola, a comunidade escolar também falou da falta de professores e de estrutura. O estabelecimento de ensino reúne cerca de 1,1 mil estudantes e dispõe de 70 professores e 15 funcionários nos três turnos.
O aluno foi suspenso após o caso. Mas, durante a reunião de emergência, o Conselho Escolar exigiu que o estudante não retorne mais ao estabelecimento de ensino. No entanto, a questão será tratada pela Secretaria Municipal de Educação, Conselho Tutelar e Ministério Público do Estado.
Foto: Alina Souza
Sobre a segurança no local, o diretor da escola Samuel Martins observou que os guardas municipais aparecem somente quando são chamados. “Tem toda uma rede de atendimento na área da assistência social e da saúde que também tem sido desmontada. Ela não tem mais o funcionamento que existia há alguns anos”, acrescentou, referindo-se à questão dos alunos problemáticos dentro de um contexto de violência.
“A nossa escola não é igual a qualquer outra. Ela tem suas vulnerabilidades e a segurança é uma delas. Esse tratamento com segurança também precisa ser diferenciado. Ela tem que ter uma atenção diferenciada”, avaliou. “A falta de professores também tem a haver com a segurança por que a equipe diretiva e de suporte da escola acaba indo para a sala de aula para suprimir uma falta crônica” afirmou Samuel Martins, calculando a necessidade de mais nove docentes para atender a demanda.
Em nota oficial divulgada ainda na quarta-feira, a Secretaria Municipal de Educação considerou inaceitável o episódio de violência contra a professora. “Em apoio à comunidade escolar e em defesa da integridade física dos professores, a Smed acionou os órgãos de segurança, que prestaram atendimento e reforçaram a presença na escola. A fim de restituir a tranquilidade escolar, o aluno foi suspenso e os professores foram recebidos no RH da Smed. A prefeitura, a direção e os professores investem todos os esforços para que os demais alunos possam seguir frequentando suas aulas. A escola tem de ser um lugar de respeito, ou não pode educar”, diz o documento.