Apitaço em escolas chama atenção à baixa qualidade do ensino

Apitaço em escolas chama atenção à baixa qualidade do ensino

Instituição, alunos, professores e pais participaram do ato que também repudiu agressões contra categoria no Paraná

Jéssica Mello

Instituição, alunos, professores e pais participaram do ato que também repudiu agressões contra categoria no Paraná

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Diversas escolas manifestaram a insatisfação com a educação pública durante nesta sexta-feira. Com atos curtos e adaptados aos horários de aula de cada instituição, alunos, professores e pais fizeram apitaços para chamar a atenção às questões salariais, qualidade de ensino e investimentos no área.

Alunos do Colégio Estadual Júlio de Castilhos se posicionaram nas sacadas onde faixas pretas foram penduradas. Durante o intervalo das aulas, os integrantes do Grêmio Estudantil da instituição conversaram com os alunos e, pelo microfone, destacaram a situação ocorrida com os professores no Paraná. Os professores reforçaram o recado dialogando com os alunos em sala de aula. “O apoio dos estudantes fortalece mais a causa dos professores”, acredita o presidente do Grêmio Estudantil, Cássio Wohlfahrt.

Os participantes do ato no Julinho receberam, às 11h, o apoio dos alunos, pais e professores da Escola Estadual Ildefonso Gomes. Eles levaram faixas e cantaram pedindo o pagamento do Piso aos professores, mais estrutura e valorização para a categoria. “Queremos lutar pela revitalização da educação porque ela está morrendo. Queremos qualidade no ensino, saúde, mais investimentos, pois, por exemplo, recebemos apenas R$ 0,28 por aluno para a refeição”, disse o professor da instituição Jaime Bom Fim Viana. Para ele, o surgimento de iniciativas pela base da categoria é a busca por alternativas ao mesmo tempo que ensina sobre cidadania aos alunos. “Sabemos que o momento financeiro é difícil, mas queremos debates soluções”.

Junto com outras mães, a artesã Mariane Almeida acompanhou a manifestação. “A sociedade precisa dar mais valor ao professor. Eles que deixam sua família em casa para ensinar os nossos filhos”, ressaltou. Ela que tem dois filhos, um no 1º ano e outro no 5º ano do Ensino Fundamental. “A educação está muito fraca e os professores não recebem incentivo para seguir tentando melhorar. São eles que formam os médicos, engenheiros, advogados ou qualquer outra profissão e precisam ser valorizados por isso”, reclamou a dona de casa Greice Oliveira Martins, que acompanhou os filhos do 5º e do 8º ano do Ensino Fundamental.

Ações foram realizadas também nas escolas Três de Outubro, Presidente Roosevelt, Ernesto Dorneles, Vicente da Fontoura e Gabriela Mistral. Durante a semana, o Sindicato dos Professores (Cpers) mobilizou a categoria para incentivar atos em diversas instituições para chamar a atenção da sociedade para problemas enfrentados diariamente.



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