Carreata de educadores interage com alunos de escola de Porto Alegre

Carreata de educadores interage com alunos de escola de Porto Alegre

Parte dos estudantes da Escola Infantil Miguel Granato Velasquez presenciaram ação na zona Norte da Capital

Felipe Samuel

Parte dos estudantes da Escola Infantil Miguel Granato Velasquez presenciaram ação na zona Norte da Capital

publicidade

Afastados do convívio escolar desde março, com o surgimento da pandemia do novo coronavírus, alunos da Escola Municipal de Educação Infantil Miguel Granato Velasquez, no Sarandi, na Capital, receberam nesta quinta-feira a visita de um grupo de professores. Com balões e cartazes, os educadores saíram em carreata e passaram em frente às residências das crianças. Os professores interagiram à distância com os estudantes, cuja maioria é de moradores da Vila Asa Branca.  

Sem poder realizar aulas presenciais por conta da Covid-19, a escola - atende 160 alunos, de 4 meses a 6 anos - vem realizando uma série de atividades remotas para manter vínculo com os jovens. A diretora da instituição, Sabrina Garcez, explicou que a suspensão das aulas de "forma intempestiva" e a falta de apoio da Secretaria da Educação representam desafio para os educadores.

"Pensando nessa manutenção de vínculo, pensamos em fazer uma série de atividades. Desde o início a escola fez contato telefônico com as famílias. Notamos que 30% estão passando por dificuldades financeiras, por isso fizemos uma campanha e fornecemos cestas básicas para grupos em situação de risco", destacou.

Conforme Sabrina, a secretaria de Educação orientou para manutenção de vínculos, mas a realidade dos alunos da instituição é de muita dificuldade. Além da carreata por dezenas de ruas do bairro, com direito a mensagens de carinho, os professores também buscaram outras alternativas para manter a relação com os alunos por meio de reuniões semanais. Conforme Sabrina, o objetivo é fazer novo tipo de vínculo com as crianças. "Fizemos lives por meio de um aplicativo com a participação de 40%. As crianças choram durante as lives e falam que têm saudade dos professores e dos colegas", completou.

O pequeno João Vitor Vieira, 5, morador da rua Nevani Barbara Coelho, foi colocado em cima do automóvel da família, que estava estacionado, para rever os professores da escola. A mãe de João, Ana Paula da Silva Splanger, acompanhou com o filho a passagem dos professores. "Ele estava ansioso para ver os professores dele, pois está desde cinco meses na escola. Ele está 'morrendo' de saudades", destaca. "É uma ótima iniciativa, tanto eles quanto nós choramos", revelou, acrescentando que o filho viu 90% dos professores com que já teve aula.

Ana Paula, que é autônoma, afirmou que o filho sente muita falta do convívio com os amigos, mas as reuniões virtuais ajudam a atenuar a distância. É sempre o dia que ouço meu filho falar o tempo todo, são cerca de 40 minutos de live em que eles matam saudade e escutam as orientações das professoras", assinalou.




Pós-graduação, Cursos técnicos e Educação para sustentabilidade: Confira a agenda desta terça-feira

Abertas vagas gratuitas para mestrado, doutorado, cursos técnicos e livres

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895