Comunidade escolar protesta contra possível interdição da escola Euclides da Cunha, em Porto Alegre

Comunidade escolar protesta contra possível interdição da escola Euclides da Cunha, em Porto Alegre

Além de manter o atual ano letivo em seu prédio, professores, alunos e pais querem a garantia de funcionamento, ampliação e vagas em 2024

Daiana Garcia

Manifestação em frente ao Palácio reforça a importância da escola pública

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Alunos, pais e professores protestaram, na terça-feira (17/10), diante do Palácio Piratini, em Porto Alegre, contra uma possível interdição da Escola Estadual de Ensino Fundamental Euclides da Cunha, no bairro Menino Deus. O grupo também entregou uma carta sobre o problema à Casa Civil, para que esclarecimentos e reivindicações, com assinaturas da comunidade escolar, cheguem ao governador Eduardo Leite.

No começo deste mês (4/10), a 1ª Coordenadoria Regional de Educação informou que a escola teria prazo de 15 dias (até 19/10) para suspender as atividades no local e realocar os alunos em instituições da região. O motivo seria a interdição do prédio para a reforma do muro, que caiu nos fundos da área. Mas a direção explica que o espaço já estava em área isolada e que as obras podem ocorrer com segurança, sem ter que fechar a escola. Desde então, a comunidade tem se mobilizado em defesa da escola.

Nesta semana (em 16/10), a Escola Euclides recebeu ofício da 1ª CRE informando que “as atividades podem ser retomadas, com o devido isolamento das áreas de risco”. A diretora do 39º Núcleo do sindicato dos professores do RS (Cpers), Neiva Lazzarotto, revela que o governo assegurou que a escola não será fechada neste ano. Porém, disse que a comunidade quer a garantia de abertura de vagas para 2024, matrículas e 1º ano do Ensino Médio; além de ensino em tempo integral, Ensino de Jovens e Adultos (EJA), pintura da escola; sala de recursos e maior da verba da Autonomia Financeira.

O professor Alexandre Maluf aponta esforço coletivo para revitalizar a escola. O educador social Daniel Feijó ressalta a promoção local de acolhimento e assistência ao menor. E a deputada Sofia Cavedon, da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, assinala que a comunidade quer avanços, com oferta de turno integral e Ensino Médio.

Em nota, a Secretaria da Educação do RS informa que "o Governo tem realizado reuniões periódicas com a comunidade escolar por meio das secretarias de Educação e de Obras Públicas, e o que ocorrerá é uma interdição parcial da escola, através de tapumes, para isolar a área onde fica o muro".




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