Cpers defende Ensino Estadual

Cpers defende Ensino Estadual

A mobilização busca melhores salários, e a não terceirização ou repasse de recursos públicos a empresas privadas

Daiana Garcia

O ato aconteceu pela manhã, em frente à entrada principal da 46º Expointer, em Esteio

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Cerca de 200 professores e funcionários de escolas públicas estaduais, organizados pelo sindicato dos educadores do RS (Cpers), realizaram, na terça-feira (29/8), manifestação contra a municipalização de instituições de ensino. O ato ocorreu pela manhã, em frente à entrada principal da 46º Expointer, em Esteio. Além do Cpers, participaram outras entidades, como a Frente dos Servidores Públicos e a Central Única dos Trabalhadores. 

A presidente do Sindicato, Helenir Schürer, critica que a municipalização esteja ocorrendo “sem discussão com a comunidade escolar”. E alerta para uma possível demissão dos professores contratados. Segundo a dirigente, os professores não poderão ficar na escola, os efetivos serão realocados, e os contratados poderão ser exonerados. 

A diretora do 36º Núcleo do Cpers, em Cerro Largo, Romi Rohleder, explica que a mobilização busca melhores salários, e não terceirização ou repasse de recursos públicos a empresas privadas. Nos próximos dias, o Sindicato visitará prefeitos para abordar o assunto.

Em nota, a Secretaria Estadual da Educação informa que trabalha no fortalecimento dos preceitos do Regime de Colaboração, previsto em lei. E assinala que “ainda que a Educação Infantil seja de responsabilidade dos municípios, a Secretaria permanece aberta ao diálogo com os gestores municipais” para análise do planejamento da rede. Em estudo feito com a Famurs, revela que, hoje, “existem pelo menos 123 instituições de ensino que ofertam apenas os anos iniciais do Ensino Fundamental”.

 




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