Cpers mantém mobilização no Caff apesar de decisão judicial

Cpers mantém mobilização no Caff apesar de decisão judicial

Medida exige liberação da entrada do prédio, mas professores querem proposta do governo

Luiz Felipe Mello

Cpers mantém mobilização no Caff apesar de decisão judicial

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Integrantes do comando de greve do Cpers/Sindicato, que ocuparam ainda na tarde de segunda-feira o térreo do Centro Administrativo Fernando Ferrari (Caff) em Porto Alegre, não devem permitir o acesso ao prédio para que as atividades sejam retomadas na manhã desta quinta-feira. Apesar da decisão judicial da juíza Andréia Terre do Amaral, da 3ª Vara da Fazenda do Foro Central, que manda os professores liberarem a entrada, a mobilização segue conforme a presidente do Cpers, Helenir Schurer. "Somente uma proposta resolve o nosso problema. O secretário tentou negociar a entrada aqui, mas a reação de quem faz parte da manifestação é evidente", disse em entrevista ao site do Correio do Povo ao se referir aos gritos de "proposta" de outros docentes.   

De acordo com Helenir, a reunião que foi mediada pela juíza Andréia ainda durante a madrugada desta quinta terminou sem acordo. "Ficamos mais de duas horas na companhia da juíza tentando buscar um acordo, mas o governo está irredutível. Eles querem que a gente saia para que seja apresentada uma proposta, mas já foram realizadas quatro audiências e as iniciativas são as mesmas. O nosso medo é sair daqui e receber a mesma proposta das outras vezes", explicou.   

A mobilização dos professores impediu a entrada de diversos funcionários do Centro Administrativo, que se reuniram em frente ao prédio para esperar alguma decisão sobre o impasse. A arquiteta da Secretaria de Obras, Vera Lúcia Pastro, afirmou que compreende a manifestação dos docentes apesar de ser impedida de trabalhar. "Muitas vezes é preciso sacrificar alguns para ouvir as vozes dos professores. Talvez esta pressão em cima do Executivo tenha sido a única maneira que eles conseguiram encontrar para serem ouvidos", argumentou. 

Já o funcionário da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social do Estado, Dari Rodrigues da Silva, acredita que a manifestação dos professores passou dos limites. "Acho que o direito deles termina quando começa o meu. Eu estou aqui para trabalhar e tenho uma agenda a cumprir e não consigo entrar no prédio. Acho uma falta de consideração, até porque estamos assim há vários dias. Acho que isso irá terminar, ainda mais com a decisão judicial", completou. 



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