Cpers rejeita o pacote de projetos do Estado para a Educação

Cpers rejeita o pacote de projetos do Estado para a Educação

Educadores reafirmam contrariedade à municipalização, a programas e mudanças, sem debate com a categoria, para o ensino público no RS

Ana Julia Zanotto*

Na praça, Cpers fez assembleia e integrou ato com a Frente dos Servidores

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Contrário aos projetos do governo estadual para a Educação, o sindicato dos professores do Estado (Cpers) realizou nesta terça-feira (21/11), na Praça da Matriz, em Porto Alegre, ato diante do Palácio Piratini.

Pela manhã, professores e comunidades escolares reuniram-se, em assembleia geral da categoria, para debater os projetos do governo para o ensino público. A tesoureira geral do Cpers, Rosane Zan, explica que o principal projeto rejeitado é relativo à municipalização das escolas estaduais. “No momento em que os municípios começarem a receber todas as escolas de Ensino Fundamental, provavelmente haverá um inchaço. E alguns já não pagam além do Piso, pois alegam pessoal demais”.

Para o professor da Escola Estadual de Ensino Médio João Pedro Nunes, em São Gabriel, a principal reivindicação da categoria é o aumento salarial. “Ou a gente luta ou vai ser aniquilado. Nossa profissão vai acabar, e nós não temos outra alternativa, a não ser lutar por uma melhoria salarial e uma melhoria de vida”, argumenta.

Ao final da assembleia, educadores entregaram documento que rejeita as propostas enviadas pelo governo estadual aos deputados.

À tarde, o Cpers se uniu à Frente dos Servidores Públicos, no Ato Público Estadual Unificado, que busca reajuste de 20,05% a todos os servidores do Estado. O documento também foi entregue à Casa Civil.

 

* Sob supervisão de Maria José Vasconcelos

 




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