Educação Infantil e parte do Fundamental iniciam ano letivo presencial em Porto Alegre

Educação Infantil e parte do Fundamental iniciam ano letivo presencial em Porto Alegre

Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) anunciou greve diante "insegurança" de retorno às escolas

Cláudio Isaías

Estudantes retornaram às escolas nesta quarta-feira

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As escolas de Educação Infantil e de 1º e 2º anos do Ensino Fundamental da rede municipal de ensino de Porto Alegre iniciaram nesta quarta-feira o ano letivo de 2021. Com protocolos sanitários, educadores e alunos começaram as atividades escolares. Nesse primeiro momento, a dinâmica das instituições de ensino será realizar a adaptação dos estudantes aos cuidados necessários em decorrência da pandemia do coronavírus.

Na manhã de hoje, nas escolas comunitária de Educação Infantil Eni Medeiros, no bairro Jardim Carvalho, e Tia Beth, no bairro Bom Jesus, o movimento foi tranquilo e com pouca adesão de alunos.  De acordo com a Secretaria Municipal de Educação (Smed), desde a segunda-feira, as escolas vêm se preparando para a recepção aos alunos.

Com base em imagens do Centro Integrado de Comando da Cidade de Porto Alegre (Ceic), 15 da 33 instituições de ensino monitoradas funcionaram normalmente na manhã de hoje. Na escola Tia Beth, a coordenadora pedagógica Thainá Castro informou que 55 alunos de dois a cinco anos e 11 meses são atendidos na instituição de ensino. Durante o dia, a escola recebeu 16 alunos que participaram de atividades no jardim A e B e no maternal 2.

Já na escola comunitária de Educação Infantil Eni Medeiros, a coordenadora pedagógica Patrícia Sanhudo disse que 32 alunos de um total de 100 voltaram as atividades no primeiro dia do ano letivo. "Fizemos uma pesquisa com os pais para saber quem estaria na sala de aula", destacou.     

Simpa anuncia greve

Em assembleia, realizada de forma virtual na noite de terça-feira com mais de 600 participantes, os educadores vinculados ao Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) anunciaram que irão promover uma greve a partir da próxima segunda-feira, dia 1° de março. A orientação da entidade é que não haja atendimento presencial nas escolas nesta semana. A decisão é uma resposta da categoria à posição adotada pela prefeitura de Porto Alegre de retomar as aulas na Educação Infantil e nos primeiros e segundos anos do Ensino Fundamental.

De acordo com o sindicato, existe falta de segurança sanitária nas escolas em razão do alto índice de contaminação, internações em UTI e óbitos por Covid-19. Na assembleia, o Simpa anunciou que enviou ofício à Smed exigindo imediata suspensão das aulas, com o estabelecimento do ensino não presencial. Os trabalhadores em educação farão uma nova assembleia de formalização da decisão na quinta-feira, às 19h. Ficou decidido também que não haverá atendimento presencial nas escolas na sexta-feira, dia 26 de fevereiro. 

O Simpa tem defendido que, na ausência da vacinação em massa, o retorno presencial às escolas só deve acontecer mediante condições sanitárias e estruturais capazes de assegurar a proteção de alunos, trabalhadores e da comunidade escolar em geral. O sindicato também anunciou que entrou com ação na Justiça para que as aulas não reiniciem, em virtude da gravidade do atual do momento, para não pôr em risco a vida de centenas de pessoas.

A ação se baseia na crise enfrentada pela Capital, na decretação da Bandeira Preta e nas orientações do Conselho Municipal de Educação (CME) e de documentos enviados por entidades da saúde que afirma a impossibilidade das atividades presenciais serem retomadas no atual cenário.




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