Escola de Porto Alegre expõe atraso no pagamento das auxiliares de cozinha

Escola de Porto Alegre expõe atraso no pagamento das auxiliares de cozinha

Comunidade da EMEF Professor Anísio Teixeira critica empresa terceirizada e constantes trocas de contrato na rede municipal

Daiana Garcia

Instituição atende mais de mil alunos, do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental, nos turnos manhã e tarde; e oferta Educação de Jovens e Adultos (EJA) à noite

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Atraso no salário, mais de três anos sem férias e insegurança com a possibilidade do encerramento do contrato são alguns dos problemas das auxiliares de cozinha da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Professor Anísio Teixeira, da zona sul de Porto Alegre. Conforme informações da comunidade escolar, as funcionárias terceirizadas têm recebido o salário em atraso, muitas vezes sem entrega do contracheque. E devido às constantes mudanças de empresas contratadas pela Secretaria da Educação (Smed), as trabalhadoras estão há mais de três anos sem férias.

Neste mês, o salário que deveria ser pago até o dia 9/6, de acordo com informações da equipe diretiva, foi depositado apenas na última segunda-feira, dia 12/6. “Elas só vieram trabalhar para servir almoço e janta aos alunos, pois precisam do emprego e no final da manhã algumas já estavam começando a receber”, assinalaram os funcionários da escola. 

A comunidade critica a atual terceirização do serviço e contratação de empresas privadas para atender as escolas da rede. Também a previsão do encerramento do contrato, que deve ser finalizado no mês de julho, preocupa os trabalhadores. “Em tese, elas deveriam estar entrando com aviso prévio e a cada vez que troca a empresa é um contrato novo, elas não têm férias, mesmo trabalhando na mesma escola há 3 ou 4 anos.” A instituição de ensino atende mais de mil alunos, do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental, nos turnos manhã e tarde; e oferta Educação de Jovens e Adultos (EJA) à noite. 

Em nota, a Smed assegurou que “efetuou os pagamentos à empresa terceirizada SLP no prazo correto” e destacou que ainda na sexta-feira, entrou em contato com a contratada “que confirmou ter feito o repasse aos seus funcionários”. A Secretaria afirmou que “em caso de não cumprimento das obrigações pelas empresas terceirizadas, toma medidas legais acordadas em contrato”. E também ressaltou que a nutrição da rede é “referência nacional de qualidade de preparo e serviço”, sendo “uma das poucas cidades” em que os alunos recebem a merenda no intervalo da aula, além do almoço oferecido aos estudantes dos turnos manhã e tarde.

 




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