“Estamos enfrentando bloqueios judiciais em função de dívidas”, diz reitor
Professores da Ulbra paralisam por 24 horas devido à falta de pagamento de salários
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“Este ano conseguimos encaminhar a solução do passivo tributário da universidade, através do programa que o governo federal abriu, o Proies (Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento das Instituições de Ensino Superior)”, explicou Ziemer. O reitor afirmou que a dívida começará a ser paga em 2014, mas observou que a Ulbra ainda tem que pagar os demais passivos, o que, segundo ele, “tem gerado um pequeno descompasso no caixa da universidade”. O reitor afirmou que a questão salarial será saldada nos próximos dias. “Imagino que durante esta semana estaremos colocando em dia”, projetou.
Ziemer desconhece o índice de adesão à paralisação, mas reconheceu que comprometerá as atividades acadêmicas. O reitor garantiu aos alunos que amanhã as aulas voltam ao normal nos campi Cachoeira do Sul, Canoas, Carazinho e Santa Maria
Os professores da Ulbra decidiram, em assembleia realizada nessa segunda-feira, paralisar as atividades nesta terça-feira nos três turnos. O Sindicato dos Professores do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinpro/RS) espera que a adesão atinja cerca de 750 docentes, o que deve fazer com que 10 mil alunos não tenham aulas no primeiro dia de outubro.
O diretor do Sinpro/RS, Marcos Fuhr, explicou que o sindicato obteve na Justiça do Trabalho de Canoas a Antecipação de Tutela em ação coletiva de cobrança dos salários pendentes, mas os professores não receberam 41% do salário de agosto, diferenças salariais e multas. “Após relatos e esclarecimentos sobre a situação de pendências salariais e as perspectivas indefinidas para o próximo período, a paralisação tem como objetivo melhorar a estrutura da universidade”, destacou Fuhr.
Fuhr disse, ainda, que a direção do Sinpro/RS e a Associação de Docentes solicitaram reunião nesta terça-feira com a Reitoria e audiência com o juiz de conciliação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT). A assessoria de imprensa da universidade orienta que os alunos compareçam na universidade, pois os professores estarão na instituição para conversar com os acadêmicos e explicar a situação que motivou a paralisação.