Estudantes da UFRGS manifestam contra a suspensão da paridade nas eleições para reitoria

Estudantes da UFRGS manifestam contra a suspensão da paridade nas eleições para reitoria

Segundo a decisão do Conselho Universitário, a paridade deveria ser aplicada na próxima eleição prevista para o segundo semestre deste ano

Correio do Povo

Com o novo sistema eleitoral, aprovado em novembro pelo Conselho Universitário, o voto dos estudantes, docentes e técnicos teriam o mesmo peso

publicidade

O Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) realizou uma manifestação, nesta segunda-feira, em resposta ao despacho do reitor Carlos André Bulhões que suspende a paridade de votação para reitoria da universidade, aprovada em novembro pelo Conselho Universitário (Consun).

Segundo a decisão do Consun, a paridade deveria ser aplicada na próxima eleição para reitoria da universidade, prevista para o segundo semestre deste ano. Com o novo sistema eleitoral, o voto dos estudantes, docentes e técnicos teriam o mesmo peso. Anteriormente, o voto dos professores representava 70% do peso total, enquanto os demais segmentos tinham 15% cada.

O coordenador geral do DCE, Matheus Fonseca declarou que o reitor quer impedir o avanço democrático de escolha.

“Nós estamos hoje aqui na universidade e queremos constituir uma agenda de lutas em defesa da paridade, porque o que fez o reitor é um grave ataque à democracia da universidade. Desrespeita uma decisão do conselho universitário e também ataca a democracia na próxima consulta reitoria”, declarou.

A reportagem entrou em contato com a assessoria da reitoria da UFGRS e não teve retorno sobre a suspensão emitida pelo reitor na última sexta-feira.

Fim da gestão

Este é o último ano do mandato do reitor Carlos André Bulhões e da sua vice, Patrícia Pranke. Em dezembro passado o Consun da Ufrgs aprovou a destituição do reitor e da vice.

Foram 60 votos favoráveis, dois votos contrários e três abstenções. A decisão ainda depende de aval do Ministério da Educação (MEC). Bulhões e Patrícia foram nomeados pelo então presidente Jair Bolsonaro, a chapa ficou em terceiro lugar na lista tríplice de indicados pelo Consun.

Entre os pontos apontados pelo Conselho estão censura na comunicação institucional; desrespeito às decisões dos conselhos superiores; falta de cumprimento por parte da Administração Central de suas funções; conflitos e judicialização de membros da comunidade universitária.

O conselho já havia aprovado um pedido de impeachment em agosto de 2021, alegando uma reforma administrativa irregular na Universidade, mas o pedido foi arquivado pelo MEC.

A reportagem entrou em contato coma assessoria da reitoria da UFGRS e não teve retorno até a publicação desta matéria.




Pós-graduação, Debates e Seleção para professor: confira a agenda desta sexta-feira

Processos seletivos e atividades com inscrições gratuitas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895