Estudantes ocupam Colégio Protásio Alves, em Porto Alegre

Estudantes ocupam Colégio Protásio Alves, em Porto Alegre

Alunos não pretendem deixar escola até que reivindicações sejam atendidas

Camila Diesel / Rádio Guaíba

Estudantes ocupam Colégio Protásio Alves, em Porto Alegre

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O Colégio Estadual Protásio Alves, no bairro Azenha em Porto Alegre, foi ocupado às 21h desse domingo por cerca de 30 estudantes. Os alunos dizem que estão mobilizados em defesa da educação e não pretendem deixar o local até que as reivindicações sejam atendidas.

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Segundo a estudante  Ana Paula de Souza dos Santos, as demandas serão tornadas públicas nesta segunda-feira, às 8h30min, em assembleia na escola. No entanto, a representante do Grêmio Estudantil adiantou que o grupo é contra os cortes de verbas para a rede de ensino estadual e busca melhorias estruturais para a instituição. Ana Paula também disse que os estudantes não concordam com o Projeto de Lei 44/2016, do governo estadual, que dá ao Executivo o poder de qualificar entidades de ensino como organizações sociais. Na justificativa, o governo sustenta que a proposta permite parcerias com a iniciativa privada. A alegação dos estudantes é de que o projeto pode privatizar a educação.

O secretário estadual interino da educação, Luiz Antônio Alcoba de Freitas, garantiu anteriormente que o diálogo vai ser a primeira alternativa para contornar as ocupações. Conforme Freitas, pelo menos duas das principais reivindicações dos estudantes secundaristas que ocuparam pelo menos seis escolas da rede já foram atendidas pela Pasta. Entre esses itens, o repasses de valores atrasados para a autonomia financeira dos colégios, referentes a janeiro, fevereiro e março, no total de R$ 5,7 milhões, e a contratação de professores para os 6,2 mil postos em aberto no ano passado.

Outras manifestações ocorreram na Escola Estadual de Ensino Fundamental Jerônimo de Ornelas, no bairro Coronel Aparício Borges, após um assalto à vice-diretora, e na Escola Técnica Senador Ernesto Dornelles, no Centro Histórico, contra a falta de repasses da verba de manutenção da escola e do parcelamento dos salários de funcionários e professores.





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