Furg divulga aumento nas bolsas e auxílios, mas segue em déficit

Furg divulga aumento nas bolsas e auxílios, mas segue em déficit

Complementação orçamentária de cerca de R$20 milhões possibilitou reajuste, mas recursos ainda são insuficientes para pagamento de dívidas

Correio do Povo

Em encontro na Furg foi apresentado o cenário orçamentário da universidade e a destinação dos recursos federais

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A Universidade Federal do Rio Grande (Furg) divulgou aumento no valor das bolsas próprias e auxílios pecuniários, mas afirma que segue em déficit. As informações foram dadas em reunião realizada neste mês (19/5) entre diretores das unidades acadêmicas e representantes da comunidade estudantil. No encontro, foi apresentado o cenário financeiro da instituição e a destinação dos recursos federais oriundos da complementação orçamentária.

Na FURG, considerando os recursos do Plano Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes), Projeto Milton Santos de Acesso ao Ensino Superior (Promisaes), funcionamento, embarcações e capital, a complementação orçamentária foi de cerca de R$ 20 milhões. Esse recurso possibilitou a reestruturação do exercício  e viabilizou a decisão de equiparar as bolsas próprias e reajustar os auxílios pecuniários.

Dessa forma,  as bolsas de iniciação científica PIBIC e PROBIC; as bolsas de Ensino, Pesquisa, Extensão e Cultura (EPEC), PDE e Monitoria; e as bolsas do Programa de Assistência a Necessidades Especiais (Paene); terão carga horária de 20h, com valor mensal de R$ 700. Em relação aos auxílios pecuniários, os valores foram reajustados em: alimentação (R$ 350), moradia (R$ 300) e infância (R$ 300). Para o reitor da Furg, Danilo Giroldo, é “indiscutível a necessidade de recuperação dos valores de bolsas e auxílios estudantis neste momento, mesmo em uma realidade ainda difícil em termos de orçamento disponível”. Ao todo, o acréscimo geral do reajuste das bolsas foi de R$ 1,1 milhão.

De acordo com o pró-reitor de Planejamento e Administração, Diego Rosa, após o complemento, o orçamento de funcionamento da Furg ficou fixado em aproximadamente R$ 48 milhões. A este valor somam-se as despesas de exercícios anteriores, carregadas na forma de dívida, o que coloca a projeção de despesa total em R$ 62 milhões. “Caso não haja uma nova complementação para equiparar os valores que temos hoje, vamos arrastar para 2024 um déficit referente aos três últimos meses de 2023.” Ele explica que a instituição já está adotando medidas de controle, mas o recurso ainda é insuficiente.

 




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